postado em 29/07/2008 10:58
Feira livre pode ser sinônimo de produto mais fresco, mas não significa preço mais baixo, mostra pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). O levantamento feito pela fundação aponta que as diferenças de preços entre feiras livres e supermercados em São Paulo, no Rio de Janeiro e em Belo Horizonte pode chegar a até 25%.
Segundo a FGV, por comprarem no atacado em maior quantidade, os supermercados têm condições de praticar preços mais em conta para os consumidores.
A fundação comparou os preços de seis produtos: batata-inglesa, tomate, alface, limão, maçã e laranja-pêra no mês de junho. "Os produtos foram escolhidos em razão da facilidade de comparação entre as cidades", afirma André Braz, coordenador de Índices de Preços ao Consumidor da FGV.
Na lista de produtos pesquisados, o limão apresentou a maior diferença percentual de preço. Na média dos supermercados de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte, o produto custava R$ 0,96. Nas feiras livres, o mesmo item saía por R$ 1,20, uma variação de 25% em relação aos mercados.
A diferença de preço da maçã ficou em 24,5% e a da laranja-pêra foi de 22,9%. A batata-inglesa apresentou a menor diferença em termos percentuais, de 13,2%.
"Nem sempre o consumidor consegue barganhar e obter preços menores na feira. Isso ocorre porque o poder de compra de cada comerciante é menor. Em compensação, no final da feira, os preços tendem a ser mais baixos", afirmou Braz.
O economista destaca, no entanto, que na feira a possibilidade de escolher produtos de qualidade superior é maior porque há mais concorrência entre diversos comerciantes que oferecem os mesmos produtos. O levantamento foi feito com base na média de preço das principais redes varejistas.
Segundo Braz, embora existam supermercados voltados para um público de maior poder aquisitivo e que investem em produtos diferenciados, a média de preços tende a acompanhar os praticados nos supermercados mais populares.