postado em 29/07/2008 15:29
O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, disse nesta terça-feira (28/07) que ainda não está convencido de que o déficit em conta corrente seja uma tendência irreversível. Pelo contrário, ele aposta em arrefecimento do déficit. Bernardo atribuiu o resultado negativo de US$ 17,4 bilhões no acumulado do ano, divulgado ontem pelo governo, à crise de crédito de alto risco ("subprime") e ao crescimento das importações.
"Temos que olhar isso com atenção, se realmente é uma tendência. De fato, as contas externas preocupam o governo, mas não estou convencido de que (o déficit) é uma tendência irreversível", afirmou Bernardo, após evento na sede do Instituto Brasileiro de Executivos de Finanças (Ibef), no Rio.
Para o ministro, as empresas multinacionais aumentaram consideravelmente as remessas para o exterior em função da crise internacional. Com o aparente cenário mais tranqüilo, Bernardo aposta na reversão do quadro. Em relação à balança comercial, ele destacou que as exportações terão crescimento mais significativo a partir de agora.
Paulo Bernardo disse ainda que na contramão das remessas de dinheiro ao exterior, o investimento direto no Brasil continuará em expansão. Ele ressaltou a projeção de US$ 34 bilhões para 2008, que vai se igualar aos números verificados em 2007.