Economia

Após cinco dias de perdas Bovespa sobe, seguindo bolsas dos EUA

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postado em 29/07/2008 18:14
Depois de amargar cinco quedas seguidas, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) voltou a subir nesta terça-feira (29/07), andando durante todo o dia bastante próxima do desempenho das boslas americanas. O Ibovespa, principal indicador da Bolsa paulista, encerrou o dia com ganho de 1,85%, aos 57.921 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5 bilhões (menos que a média diária desse ano, de R$ 6 bilhões), com cerca de 193 mil negócios realizados. Já o dólar comercial recuou 0,33%, vendido a R$ 1,5697 - a cotação mais baixa desde 19 de janeiro de 1999, quando ocorreu a maxidesvalorização do real. "Hoje o mercado acompanhou bem o cenário externo, ao contrário dos outros dias", disse Fausto Gouveia, analista da Alpes Corretora. O principal destaque do dia foi o desempenho positivo da Vale do Rio Doce. As ações ordinárias da mineradora avançaram 1,29%, enquanto que as preferenciais classe A subiram 1,54%. "O mercado está fazendo uma correção nos preços da Vale depois das fortes baixas dos últimos dias", explicou Gouveia. Essa baixa foi causada por outra correção, gerada pela baixa procura dos investidores à oferta de ações da mineradora. "E foi muito intensa, então agora está voltando a um patamar um pouco acima do preço que fechou a oferta. Trata-se de uma empresa com bons fundamentos." Junto com a Vale subiram as ações das siderúrgicas, com destaque para as ordinárias da CSN (4,51%). Na outra ponta, a Petrobras teve um desempenho bem mais fraco. As ações preferenciais recuaram 0,41%, enquanto que as ordinárias ganharam 1,01%. "Além do preço em baixa do petróleo, o mercado não repercutiu bem a idéia de criar uma nova estatal petrolífera", disse Gouveia. Petróleo e confiança Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril de petróleo WTI para entrega em setembro fechou a US$ 122,19, com perda de 2,04%. A queda do petróleo foi um dos principais motivos para o bom humor visto no mercado americano. O índice Dow Jones fechou com forte alta de 2,36%, enquanto o Nasdaq Composite teve avanço de 2,45%. A confiança do consumidor americano em alta também ajuda o investidor. O índice ficou em 51,9 pontos em julho, pouco acima dos 51 pontos registrados em junho, informou nesta terça-feira o instituto privado de pesquisa Conference Board. O bom indicador afastou parcialmente as preocupações com os desdobramentos da crise do crédito imobiliário de alto risco ("subprime"), que ganhou força novamente após o banco de investimentos Merrill Lynch admitir mais US$ 5,7 bilhões com perdas com esses créditos.

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