Economia

Secretário do Tesouro prevê crescimento positivo, mas moderado para os EUA

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postado em 31/07/2008 16:54
O secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, disse nesta quinta-feira (31/07) estar convencido de que o país terá um crescimento positivo apesar de "moderado" até o fim do ano, e que o pior da crise imobiliária terá passado em alguns meses. "Nossa economia segue enfrentando dificuldades que seguirão pesando sobre o crescimento a longo prazo, mas é importante nos mantermos conscientes de que os fundamentos de longo prazo são bons", afirmou em discurso em Washington. "Eu espero que nossa economia siga crescendo este ano, ainda que a um ritmo moderado", acrescentou, declarando-se convencido de que o plano de reativação "seguirá sustentando a economia no segundo semestre". Paulson ressaltou que o setor imobiliário segue "no coração dos desafios econômicos que enfrentamos" e continuam representando "o maior perigo" para a economia norte-americana. "Devemos passar pelos ajustes necessários no setor imobiliário e nos mercados de crédito para voltar a um crescimento mais forte no próximo ano e depois", disse. PIB Segundo divulgou o Departamento de Comércio dos Estados Unidos nesta quinta-feira, o país registrou crescimento de apenas 1,9% no segundo trimestre, apesar do impulso do plano de reativação econômica e da debilidade do dólar, reavivando os temores de uma desaceleração mais acentuada antes do fim do ano, de acordo com analistas. O desempenho decepcionou os mercados, que previam uma alta de 2,3% do Produto Interno Bruto (PIB) em ritmo anual. "São números fracos e inferiores às expectativas", resumiu Stephen Gallagher, da Société Générale. Além disso, o crescimento dos trimestres anteriores foi corrigido para baixo: 0,9% em substituição de 1% para o primeiro; e -0,2%, em vez de 0,6% para o último trimestre de 2007. Foi a primeira vez que a economia americana registrou números vermelhos desde a recessão de 2001. A menos de uma semana da próxima reunião do Comitê de Política Econômica do Fed (Federal Reserve, o banco central americano), as cifras do PIB não ajudaram a afastar os temores de recessão (definida como dois trimestres consecutivos de crescimento negativo). A preocupação atual dos analistas é que a economia se enfraqueça, à medida que o estímulo do plano de reativação vá perdendo força. Essa perspectiva deve fortalecer a idéia de um segundo programa semelhante, enfaticamente defendida por grande parte dos democratas.

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