Economia

Fazenda propõe novo nome para vaga do Cade

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postado em 05/08/2008 09:05
O nome do economista César Costa Alves de Mattos, 43, passou a ser cotado para ocupar um assento no Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). A área técnica do Ministério da Fazenda defenderá a indicação de Mattos por ser um especialista de defesa da concorrência e um nome de consenso na Esplanada dos Ministérios. Mattos é considerado a melhor opção para a vaga deixada pelo também economista Enéas de Souza, que, na semana passada, renunciou ao cargo. Souza já havia sido sabatinado pelo Senado e nomeado pelo Planalto, mas não tomou posse. Alegou motivos pessoais e profissionais para desistir. Não está descartada, no entanto, a indicação de Mattos para o posto de presidente do Cade. Na Fazenda, ele é tido como melhor candidato que o atual indicado, o procurador-geral da autarquia, Artur Badin. O economista é visto como alternativa à presidência diante da composição que vem se desenhando para o conselho. Nesse caso, Badin seria indicado para uma vaga de conselheiro. O procurador-geral enfrenta resistências no Congresso, inclusive na base aliada, por ser considerado muito jovem e pouco experiente. Grandes empresas, como a Vale, têm feito gestões no governo para barrar sua indicação por avaliar que ele é muito agressivo. O ministro Tarso Genro (Justiça) já afirmou publicamente que o nome de Badin está mantido. Há, porém, quem acredite que Genro possa voltar atrás porque uma derrota de Badin no Senado ou uma gestão malsucedida no Cade seriam contabilizadas politicamente na conta do ministro. Conta a favor de Mattos o fato de ter um perfil técnico, mas com trânsito entre petistas e tucanos. Ele trabalhou no próprio Cade como assessor do então presidente Gesner Oliveira e atuou na Fazenda no governo FHC. No governo Lula, foi assessor do ex-secretário do Tesouro Joaquim Levy. Hoje faz parte dos quadros da Câmara. Nesta segunda-feira, foi publicada no "Diário Oficial" a nomeação do conselheiro Vinícius Carvalho. Dois outros sabatinados, Olavo Chinaglia e Carlos Ragazzo, ainda precisam ser nomeados.

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