postado em 05/08/2008 12:49
Apesar da expectativa de juros mais até o final deste ano, o banco Itaú manteve sua projeção de crescimento da carteira de crédito para 2008 na faixa de 25% a 30%, e de 25% para 2009. "Acredito que hoje nós estaríamos mais próximos de [alcançar] 30% do que 25%", disse o diretor executivo de Controladoria do Itaú, Silvio de Carvalho, em teleconferência para comentar os resultados do primeiro semestre.
"Eu queria lembrar que, além do nível de endividamento estar relativamente sob controle, hoje, a queda do nível de desemprego é um indicador muito importante", afirmou Carvalho, acrescentando que houve um crescimento moderado de renda e que o país ainda deve ter um incremento do PIB, ainda que menor, no ano que vem. "A demanda por crédito [em 2009] ainda vai ser forte", afirmou.
Nesta segunda-feira, o rival Bradesco anunciou que revisou para cima suas projeções de crescimento da carteira de 20% a 25%, divulgada no início do ano, para uma faixa de 25% a 29%.
A carteira de crédito do Itaú atingiu a marca de R$ 148,07 bilhões em junho, num salto de 41,3% sobre o estoque de empréstimos contabilizado em junho de 2007. Na carteira de pessoa jurídica (R$ 69,30 bilhões), o destaque ficou por conta das pequenas e médias empresas (R$ 29,76 bilhões), com crescimento de 66,2%. E na carteira de pessoa física (R$ 62,27 bilhões), houve crescimento forte (61,7%) nas linhas para financiamento de veículos (R$ 36,04 bilhões).
O Itaú projeta um crescimento de 20% neste ano para a carteira de crédito voltada para as grandes empresas, e de 35% a 40% para as linhas dirigidas para as pequenas e médias empresas. Também estima um incremento de 20% na linha de crédito pessoal, avaliando que somente a linha de financiamento de veículos pode crescer entre 40% e 45%. A operação de crédito imobiliário, que hoje responde por pouco mais de R$ 3 bilhões, pode aumentar 40% em 2008.
O departamento econômico do Itaú trabalha com uma expectativa de que a taxa Selic termine o ano em 14,25%; que a taxa de câmbio chegue a R$ 1,55-1,60 em dezembro, e com um crescimento de 4,3% do PIB neste ano.