postado em 05/08/2008 14:31
Entre 2002 e 2008, três milhões de pessoas saíram da condição de pobreza nas seis maiores regiões metropolitanas do país - Recife, Salvador, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio de Janeiro. É o que aponta o estudo Pobreza e Riqueza no Brasil Metropolitano, divulgado nesta terça-feira (05/08) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Os dados mostram que houve uma redução da desigualdade social no país. A recuperação de rendimentos foi maior entre os pobres - pessoas que têm rendimento per capita de até meio salário mínimo por mês. Em 1992, eles representavam 33,2% da população das seis regiões. Em 2006, representavam 23,5%, segundo o levantamento, que reúne dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílos (Pnad) e da Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de pobres no Brasil metropolitano em 2008 é estimado em 11,3 milhões de pessoas. Em 2002, eram 14,3 milhões. Já o de ricos - pessoas cuja renda familiar se situa acima de 40 salários mínimos por mês - estimado para 2008 é de 476,6 mil pessoas. Em 2002, eram 448,5 mil pessoas. Elas representam 1% da população das seis regiões, mesmo percentual de 2002.
"O ritmo de expansão da economia acompanhado do aumento do salário mínimo e do repasse de programas sociais, ajuda a entender porque há uma convergência entre o aumento do crescimento econômico e a redução da pobreza. Por outro lado, a relativa estagnação do percentual de ricos, pode significar que o cresciomento da economia não está sendo plenamente repassado para o salário", afirmou o presidente do Ipea, Márcio Pochmann.