Economia

Bolsas em NY sobem com queda do petróleo e comunicado do Fed

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postado em 05/08/2008 16:00
As bolsas americanas sobem nesta terça-feira (5/08), impulsionadas pela queda no petróleo, mas principalmente após a divulgação do comunicado do Comitê Federal de Mercado Aberto, (Fomc, na sigla em inglês, equivalente ao Copom no Brasil) do Federal Reserve (Fed, o bamco central americano), que manteve hoje sua taxa de juros em 2% ao ano. Às 16h02 (em Brasília), a Nyse (Bolsa de Valores de Nova York, na sigla em inglês) estava em alta de 2,47%, indo para 11.563,42 pontos no índice Dow Jones Industrial Average (DJIA), enquanto o S 500 subia 2,24%, para 1.277,03 pontos. A Bolsa Nasdaq operava em alta de 2,16%, indo para 2.334,97 pontos. No comunicado, o Fed destacou o desempenho dos gastos do consumidor e das exportações do trimestre passado. "A atividade econômica teve expansão no segundo trimestre, em parte refletindo o crescimento nos gastos dos consumidores e nas exportações", diz o comunicado. O texto ainda destaca o cenário "altamente incerto" para a inflação, mas destaca a expectativa de que a inflação apresente moderação no fim deste ano e no próximo. No trimestre passado, a economia americana cresceu 1,9%. O dado foi inferior ao esperado pelos analistas (2%), mas os gastos dos consumidores e o crescimento das exportações impulsionaram o resultado. O pacote de estímulo aprovado pelo presidente George W. Bush em fevereiro deste ano, de US$ 168 bilhões, fez com que os gastos do consumidor no trimestre passado tivessem crescimento de 1,5%, contra 0,9% no primeiro trimestre. Os gastos com consumo respondem por cerca de 70% de toda a atividade econômica dos EUA). Em julho, no entanto, os gastos registraram queda de 0,2%, descontados os efeitos da inflação. Considerando a inflação, houve um crescimento de 0,6%. O comércio internacional, por sua vez, contribuiu com 2,42 pontos percentuais para a expansão da economia. As exportações americanas cresceram 9,2% no trimestre passado, enquanto as importações tiveram recuo de 6,6%. No primeiro trimestre do ano, o comércio exterior havia contribuído com 0,77 ponto percentual do Produto Interno Bruto (PIB). Petróleo O petróleo segue em queda, tendo recuado hoje para um preço mínimo de US$ 118. A preocupação sobre a situação dos gastos do consumidor nos EUA alimenta a expectativa de que a demanda venha a cair, derrubando o preço da commodity. Além disso, as notícias de que a tempestade tropical Edouard não deve afetar as instalações petrolíferas da região do golfo do México ajudaram a diminuir a pressão sobre a commodity. A tempestade atingiu o Estado do Texas, mas deve perder força ao longo do dia. Atividade econômica Os investidores ainda encontraram ânimo nos resultados da Procter & Gamble, que informou que seu lucro trimestral teve um aumento de 33%, impulsionado por aumentos de preços, vendas ao exterior e benefícios fiscais. Além disso, o Instituto de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês) informou hoje que o índice de atividade do setor de serviços da economia americana ficou em 49,5 pontos. Apesar de indicar contração (leituras acima de 50 pontos indicam expansão da atividade; abaixo dessa marca, indicam contração), o resultado foi melhor que o de junho, 48,2 pontos.

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