Economia

Motos podem ficar 20% mais caras, segundo setor

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postado em 05/08/2008 19:28
A compra de uma moto pode ficar mais cara. A Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicletas e Similares (Abraciclo) informou nesta terça-feira (5/08), em São Paulo, que estuda novo reajuste nos preços desses veículos. Segundo o presidente da Abraciclo, Paulo Shuiti Takeuch, a recente alta das cotações das commodities (bens e produtos apreciados em bolsas de valores) - um dos fatores apontados como reponsáveis pela subida inflacionária no mercado internacional - já bateu nos custos das montadoras de motocicletas, o que deverá causar reajuste nos preços desses veículos. De acordo com Takeuchi, é quase inevitável ao setor não repassar ao comércio varejista a elevação de "matérias-primas como o aço e o plástico e também o custo maior da energia na produção industrial". Takeushi anunciou que foi revisado para cima a projeção de vendas no mercado interno, no acumulado do ano. A meta agora é um aumento de 20,6% ante uma previsão anterior de crescer 13,8%. As novas simulações alteraram de 1,820 milhão no para 1,930 milhão o total dos negócios, que deverá ser recorde. Nos primeiros meses, o setor vendeu l,l8 milhão, 33,3% acima de igual período do ano passado. Em julho último, porém, houve um recuo de 18,8% na comparação com o mês anterior. Já a produção diminuiu em 17,3% com 159.900 unidades. Essa retração foi atribuída ao "tradicional período de férias coletivas em que as empresas aproveitam para fazer a manutenção dos equipamentos de produção", justificou Takeuchi. Ele acha que é possível reverter o resultado negativo , mas admitiu que o aquecimento do primeiro semestre pode não ser repetido nos demais meses do ano. Uma das explicações é a elevação da taxa de juros, que encarece os financiamentos, e o outro fator é possibilidade de aumento de preço dos produtos. Já as vendas externas, que vinha em queda, cresceu 19,8%, em julho, com 13.389 unidades, comparada ao mês anterior. Sobre julho de 2007, houve queda de 23,7%.. Para o acumulado de ano, a Abraciclo prevê um recuo de 20,9% nas exportaçtes.

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