Economia

Isenção de PIS e Cofins fizeram preço do pãozinho cair, diz setor

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postado em 08/08/2008 19:15
A queda no preço da farinha de trigo e do pão francês registrada no mês de julho, para os panificadores, já é reflexo das isenções fiscais concedidas pelo governo federal no final do mês de maio deste ano. Os produtores de trigo e de pão francês ficaram isentos do recolhimento do Programa de Integração Social e da Contribuição para Financiamento da Seguridade Social (PIS/Cofins) sobre esses produtos e da taxa de 25% cobrada pelo frete nas importações. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), no dia seguinte à adoção das medidas, os moinhos reduziram em 10% o preço da farinha. Essa redução repercutiu no preço final do pãozinho, com uma redução imediata de 4%, de acordo com o presidente da Associação Brasileira da Industria Panificadora (Abip), Alexandre Pereira da Silva. ;A redução do PIS e Cofins para as padarias não influenciou muito porque várias padarias são enquadradas no Simples. Mas, como a isenção atingiu também a farinha de trigo, isso acabou sendo repassado. Os donos de padaria que haviam aumentado o preço em maio, baixaram em 4%. Quem ainda não havia aumentado, teve condições de manter o preço. A farinha de trigo contribui em 40% no custo do pãozinho. Desta forma pudemos repassar na integralidade a redução ocorrida nos moinhos;, destacou Alexandre Silva. De acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado nesta sexta-feira (8/08) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a farinha de trigo, que havia registrado alta de 2,37% em junho, marcou uma variação negativa de 1,75% em julho. O decréscimo no preço do pão francês foi de 0,11%. Em junho, o preço do pãozinho do café-da-manhã do brasileiro havia aumentado 1,32%. As medidas valem até 31 de dezembro deste ano, mas os panificadores já fazem gestão junto ao governo federal para que elas sejam prorrogadas pelo menos por mais seis meses. ;Nós acreditamos que essas medidas deveria ser eternas pelo fato do pãozinho ser essencial na mesa de todo brasileiro. No entanto, estamos conversando com a equipe econômica do governo para que as isenções sejam prorrogadas por mais seis meses pelo menos, até que a crise internacional na produção de trigo se estabilize. Houve uma conscientização dos panificadores de que nós tínhamos que dar a nossa contribuição baixando o preço;, destacou. Alexandre Silva disse ainda que não acredita que o preço do pãozinho continue caindo. Segundo ele, a redução dos preços já chegou no limite.

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