postado em 09/08/2008 16:19
O preço mínimo estipulado pelo governo para o feijão deve gerar um aumento expressivo na área plantada do produto. A estimativa é do analista da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) João Figueiredo Ruas.
O valor garantido aos agricultores para uma saca de 60 quilos passará de R$ 47 na safra 2007/08 para R$ 80 na que se inicia agora. Se o mercado estiver pagando menos que isso, o governo entrará adquirindo parte da produção.
O preço de custo atual do grão é R$ 66, bem abaixo do valor médio recebido pelo produtor brasileiro, em torno de R$ 135, dependendo da região. Entretanto, por ser uma cultura de alto risco, é necessário que o produtor receba o suficiente para que os três ciclos de plantio por safra se compensem. Com o novo preço mínimo, a renda do produtor estará garantida, disse Ruas.
O diretor de Gestão de Estoques da Conab, Rogério Colombini, ressaltou a importância de estimular o plantio de um produto que contribui para a segurança alimentar dos brasileiros. O governo quer que a produção do feijão aumente porque o feijão é um item que pesa muito no custo da alimentação do brasileiro e, conseqüentemente, no índice da inflação.
Na safra 2007/09, que está se encerrando, o país deve alcançar uma produção de 3,54 milhões de toneladas e consumir 3,4 milhões Apesar de equilibrada, a equação é arriscada. Aparentemente temos sobra, mas temos que esperar o fim da colheita, disse Ruas Segundo ele, hoje chegou a notícia de que deve haver quebra da safra de feijão no Nordeste, por causa das chuvas que atingiram a região.