postado em 10/08/2008 08:33
O aumento dos preços dos combustíveis e a maior concorrência no setor de transporte aéreo levaram a Gol Linhas Aéreas Inteligentes a anunciar a revisão do plano de modernização de sua frota, anunciado em dezembro de 2007, e a redução da estimativa de crescimento da oferta de assentos.
A companhia também divulgou aos seus acionistas que adotará mudanças operacionais com o objetivo de diminuir o consumo da querosene de aviação, como a menor velocidade de vôo e o desligamento de um dos motores das aeronaves logo após o pouso. O combustível responde por entre 30% e 40% dos custos das companhias aéreas e já subiu 34,76% somente neste ano.
A revisão do plano de renovação e modernização da frota prevê que a substituição das atuais aeronaves ocorrerá mais lentamente do que o anunciado em 30 de abril deste ano. Anteriormente, a empresa havia divulgado a seus acionistas que o número de aeronaves, que em 2007 totalizavam 111, chegaria a 139 em 2012. Agora, a companhia estima estar operando com 127 aviões ao fim deste período. Com a mudança dos planos, apenas em 2014 a frota chegará a 140 aeronaves.
A empresa quer substituir todos seus Boeings 737-300 e 767-300 por modelos 737-800NG e 737-700 NG. A companhia justifica a opção pelas aeronaves por estas apresentarem menor custo operacional já que, entre outras coisas, consomem menos combustível. Além disso, a Gol afirma que os 737-700 podem operar em aeroportos com restrições aeronaves de maior porte, atendendo localidades com baixa demanda.
Embora projete um aumento da demanda doméstica entre 7% e 8% em 2009, a Gol, que também controla a VRG Linhas Aéreas, também refez as contas da oferta de assentos. Em relação ao terceiro trimestre deste ano, nos vôos domésticos houve uma redução de 5% em comparação previsão anterior. Somando-se as projeções para os mercados domésticos e internacionais, o novo resultado anual também é 5% menor que o anterior.
Segundo a assessoria da empresa, a redução da estimativa de oferta de assentos não significa que os clientes da companhia não encontrarão passagens, já que a frota está crescendo em um ritmo compatível com o do mercado.