Economia

Gastos de estrangeiros com viagens a negócios ao país não foram expressivos

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postado em 10/08/2008 08:35
Os gastos de estrangeiros que vêm ao Brasil para fazer negócios não subiram de forma expressiva, apesar da baixa cotação do dólar não ser um fator importante de influência quando o assunto é viagens de negócios, e mesmo com o aumento dos investimentos estrangeiros no país. Dados do Banco Central mostram que as receitas de viagens a negócios passaram de US$ 22,3 bilhões, no primeiro semestre de 2007, para US$ 26,4 bilhões, no mesmo período deste ano. Segundo técnicos do BC, é possível que esse resultado seja decorrente de erro de procedimento no momento em que o estrangeiro que vem ao Brasil a negócios e vai fechar o contrato de câmbio. Em vez ser registrada como de negócios, a viagem pode estar sendo classificada como de turismo, por exemplo. As despesas com viagens a negócios de brasileiros no exterior passaram de US$ 153,7 bilhões, no primeiro semestre de 2007, para US$ 205,2 bilhões, no mesmo período deste ano. O estímulo para esse crescimento pode ser a abertura de empresas brasileiras no mercado internacional. O diretor de Estudos e Pesquisas do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), José Francisco de Salles Lopes, lembra que em todo o mundo, o que mais atrai os turistas é o lazer. Segundo ele, os turistas de lazer correspondem a cerca de 44% do total de visitantes internacionais, enquanto os negócios ficam com o percentual de 29%. A estrutura de negócios brasileira que vai cada vez crescendo mais nos permite dizer que vai ocupar percentual maior, inclusive na arrecadação de dólares. O diretor de Assuntos Internacionais da Associação Brasileira de Agentes de Viagem (Abav), Leonel Rossi, ressalta que as viagens de executivos não sofrem crises. O estrangeiro é obrigado a viajar para fechar os seus negócios e fazer suas tarefas, seja com dólar baixo ou alto, com condições econômicas boas ou ruins. Lopes lembrou que em 2007 o Brasil ficou no oitavo lugar no ranking de países que mais recebem eventos internacionais, segundo a o Internacional Congress and Conference Association (ACC). Em 2006, foi o primeiro país da América Latina que estava entre os dez primeiros. A probabilidade é de que o Brasil se mantenha no grupo dos dez maiores promotores de eventos, crescendo em números absolutos ano após ano.

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