Economia

Petróleo sobe com alta do dólar e espera por estoques nos EUA

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postado em 13/08/2008 09:39
O preço do petróleo registra ligeira alta nesta quarta-feira (13/08), frente ao avanço do dólar ante o euro e com a expectativa pela divulgação do relatório semanal do Departamento de Energia sobre os estoques da commodity e de gasolina dos EUA. Às 9h23 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 113,45 (alta de 0,39%). Até o horário, o valor máximo atingido pelo barril era de US$ 114 e o mínimo, de US$ 112,87. O euro iniciou o dia negociado a US$ 1,4927 em Frankfurt, contra US$ 1,4910 do fechamento do pregão anterior. O Banco Central Europeu fixou ontem o câmbio oficial do euro em US$ 1,4907. A perda de valor do dólar era um dos fatores que vinha contribuindo para o declínio dos preços do petróleo desde o dia 11 de julho, quando o barril alcançou o recorde de US$ 147,27. No último dia 5, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) manteve sua taxa de juros em 2% pela segunda reunião consecutiva; a expectativa dos analistas é de que o Fed venha a manter a taxa até o fim deste ano, mas a inflação continua a preocupar o banco. O BCE e o Banco da Inglaterra (BC britânico), por sua vez, mantiveram neste mês suas taxas de juros (em 4,25% e em 5% respectivamente) - o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, inclusive chegou a dizer que não há uma expectativa de modificar a taxa. Com o fim do alargamento, ao menos por enquanto, da diferença entre os juros nos EUA e na Europa, o dólar volta a recuperar um pouco do terreno perdido diante do euro - no mês passado, a moeda européia chegou a recordes de valorização diante do dólar, tendo sido comercializada acima de US$ 1,60. Segundo o diretor da corretora Hudson Capital Energy em Cingapura, Jonathan Kornafel, a queda vista nos últimos dias pode já ter atingido um limite no curto prazo. Para ele, o preço do petróleo "já caiu demais, muito rápido. Estimo que o mercado se acomode entre US$ 110 e US$ 120 no curto prazo". A expectativa para o relatório do Departamento de Energia hoje é de um crescimento de 500 mil barris nas reservas americanas na semana encerrada no último dia 8. A relativa redução nas tensões entre Rússia e Geórgia deve trazer calma aos investidores. O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram um acordo pelo fim dos combates iniciados há cinco dias. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que mediou as negociações entre as duas autoridades e levou o documento de Moscou a Tbilisi, as normas de não-agressão e de retração das tropas devem ser aplicadas já nesta quarta-feira. A crise começou na última quinta-feira (7/08), quando a Geórgia, aliada próxima de Washington, enviou tropas para retomar a Ossétia do Sul, uma região aliada da Rússia que declarou sua independência em 1992. Moscou, que apóia a secessão do pequeno território, respondeu enviando tropas ao país vizinho.

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