Economia

Reservas de petróleo e gasolina nos EUA recuam; preço sobe

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postado em 13/08/2008 12:19
O estoque de petróleo nos EUA registrou uma queda de 400 mil barris na semana encerrada no último dia 8, segundo relatório divulgado nesta quarta-feira (13/08) pelo Departamento de Energia. Além disso, as reservas americanas de gasolina caíram em 6,4 milhões de barris no período, enquanto o estoque de destilados (que inclui querosene da aviação e combustível para calefação doméstica) caiu em 1,7 milhão de barris. Após a divulgação, o preço do barril passou a subir: às 11h51 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Nymex (Bolsa Mercantil de Nova York, na sigla em inglês), estava em alta de 1,58%, cotado a US$ 114,80. Até o horário, o preço máximo atingido pela commodity era de US$ 115,69. As quedas surpreenderam os analistas: a expectativa para o relatório era de um aumento de 500 mil barris nas reservas de petróleo, além de uma queda bem menor no estoque de gasolina, de 2,2 milhões de barris. Para a reserva de destilados, a expectativa era de uma alta de 1,9 milhão de barris. Nesta terça-feira (12/08), a EIA (Administração de Informações sobre Energia, na sigla em inglês, órgão ligado ao departamento) informou que a demanda por petróleo nos Estados Unidos caiu em 800 mil barris por dia, em média, no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a maior queda em volume registrada nos últimos 26 anos. Em seu relatório mensal sobre estimativas, a EIA afirma que a queda na demanda foi provocada pela desaceleração econômica dos Estados Unidos e pelo impacto dos preços altos do petróleo. No dia 11 de julho, o barril chegou ao recorde de US$ 147,27; poucos dias depois, o galão (3,785 litros) de gasolina chegou ao nível recorde de US$ 4,1. Euro e Geórgia O preço vinha se mantendo em alta moderada pela manhã, com a valorização do dólar diante do euro; hoje, a moeda européia chegou a ser negociada a US$ 1,4927 em Frankfurt, contra US$ 1,4910 do fechamento do pregão anterior. No último dia 5, o Federal Reserve (Fed, o BC americano) manteve sua taxa de juros em 2% pela segunda reunião consecutiva; a expectativa dos analistas é de que o Fed venha a manter a taxa até o fim deste ano, mas a inflação continua a preocupar o banco. O BCE e o Banco da Inglaterra (BC britânico), por sua vez, mantiveram neste mês suas taxas de juros (em 4,25% e em 5% respectivamente) - o presidente do BCE, Jean-Claude Trichet, inclusive chegou a dizer que não há uma expectativa de modificar a taxa. Com o fim do alargamento, ao menos por enquanto, da diferença entre os juros nos EUA e na Europa, o dólar volta a recuperar um pouco do terreno perdido diante do euro - no mês passado, a moeda européia chegou a recordes de valorização diante do dólar, tendo sido comercializada acima de US$ 1,60. O dólar em queda tornava a commodity (que é cotada na moeda americana) mais barata, atraindo mais compradores e pressionando a demanda. A relativa redução nas tensões entre Rússia e Geórgia, por sua vez, pode trazer ligeira calma aos investidores nos próximos dias. O presidente da Geórgia, Mikhail Saakashvili, e o presidente da Rússia, Dmitri Medvedev, assinaram um acordo pelo fim dos combates iniciados há cinco dias. Segundo o presidente francês, Nicolas Sarkozy, que mediou as negociações entre as duas autoridades e levou o documento de Moscou a Tbilisi, as normas de não-agressão e de retração das tropas devem ser aplicadas já nesta quarta-feira. A crise começou na última quinta-feira (7/08), quando a Geórgia, aliada próxima de Washington, enviou tropas para retomar a Ossétia do Sul, uma região aliada da Rússia que declarou sua independência em 1992. Moscou, que apóia a secessão do pequeno território, respondeu enviando tropas ao país vizinho.

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