Economia

Mantega diz que governo espera queda no preço dos derivados do petróleo

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postado em 13/08/2008 18:36
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira (13/08) que vê sinais de desaceleração na inflação e disse esperar uma queda nos preços dos derivados do petróleo e dos alimentos. "Em termos de inflação, o pior já passou. Chegamos no cume da montanha, na parte mais alta da inflação e os preços começaram a cair. Quer dizer, continuam subindo, mas menos do que antes", disse Mantega. O ministro disse que os principais índices de preços já refletem essa desaceleração. Também afirmou que é possível ver esse mesmo comportamento em vários preços que afetam a vida do consumidor, entre eles, o petróleo. "O petróleo, que tinha chegado a US$ 143 o barril, está a US$ 114, portanto, caiu bem. Espera-se que os derivados do petróleo também venham a cair, seguindo essa trajetória. As principais commodities alimentares, o trigo, o milho, o feijão, o arroz, todos estão em queda", afirmou. Mantega, que faz parte do conselho da Petrobras, não falou sobre a possibilidade de a estatal promover uma nova modificação nos preços dos combustíveis. A empresa reajustou o diesel e a gasolina em abril deste ano, após um longo período de estabilidade no preço na refinaria. Remédio O ministro participou de encontro fechado com empresários da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília. No final do evento, fez um rápido pronunciamento e saiu sem responder a perguntas sobre o principal tema do encontro, o Fundo Soberano. Mantega disse ter mostrado aos empresários que o governo está agindo para reduzir os seus gastos e para ajudar a segurar a alta de preços no mercado interno, mas sem "exagerar na dose". "Estamos tomando várias medidas para desaquecer um pouco a economia, porém o objetivo é dar a dose certa do remédio. Se der uma dose excessiva, mata o paciente", afirmou. O presidente da CNI, Armando Monteiro, disse que os empresários ficaram satisfeitos com a apresentação do ministro e com o compromisso do governo de aumentar o superávit primário (economia do governo para pagar os juros da dívida) por meio do Fundo Soberano. "O desempenho fiscal do governo nesse primeiro semestre foi positivo. No grupo de despesas de custeio, o desempenho também foi positivo", afirmou.

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