postado em 14/08/2008 17:42
No que depender da Caixa Econômica Federal, não haverá mudanças na correção do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), de 3% ao ano mais a variação da taxa referencial. Segundo o vice-presidente de Governo da Caixa, Jorge Hereda, se houver alteração na correção do FGTS, isso repercutirá nas prestações da casa própria. Ou seja, o crédito imobiliário ficará mais caro, o que não é intenção da instituição nem do governo Federal. Em coletiva à imprensa, a presidente da CEF, Maria Fernanda Ramos Coelho garantiu aos mutuários que não haverá reajuste na prestação da casa própria.
A expansão do mercado imobiliário é um dos carros-chefe do Programa de Aceleração de Crescimento (PAC), uma das prioridades do governo. Para o vice-presidente de Controle e Risco da Caixa, Marcos Vasconcelos já houve momentos em que a inflação e os juros foram muito maiores do que os atuais e, mesmo assim, não houve alterações ou mudanças na remuneração do FGTS.
Trabalhadores
Os dois vice-presidentes da Caixa Econômica - Vasconcelos e Hereda - reconhecem, no entanto, que é um direito dos trabalhadores reivindicarem mudanças na correção do fundo. O assunto, inclusive, está em debate no Conselho Curador do FGTS e no Banco Central. Mas dificilmente andará, porque a prioridade do governo neste momento é estimular o financiamento da casa própria que, segundo Hereda, está batendo recorde.
Somente a Caixa liberou, no primeiro semestre deste ano, 9,1 bi. Até o dia 13 de agosto esse valor subiu para 12, 2 bilhões, superando em 43% os desembolsos do mesmo período de 2007. A Caixa responde hje por 50% de todos os recursos destinados à compra da casa própria no páis. A meta do banco é liberar ao longo de todo o ano 20,4 bilhões. A presidente da C. Maria Fernanda Ramos Coelho garantiu que os mutuários podem ficar tranquilos pq a prestação da Casa Própria não vai subir na instituição.