Economia

Salário médio de admissão cresce 3,9% no semestre

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postado em 14/08/2008 18:11

O salário médio de admissão no Brasil cresceu 3,90% no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado, já descontada a inflação pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC). A informação consta de levantamento do Ministério do Trabalho sobre o assunto com base nos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgada pelo ministro do Trabalho, Carlos Lupi. O valor passou de R$ 669,96 para R$ 696,10.

"No governo Lula, o crescimento foi de 22,36%", disse o ministro, com base em dados da mesma pesquisa que comparam o salário médio de admissão no primeiro semestre de 2003, primeiro ano do governo Lula, ao do mesmo período deste ano. Lupi citou como causas para a alta do salário real de admissão o aumento do salário mínimo e a necessidade de contratação pelas empresas devido ao aquecimento da economia, com expansão da produção, de vendas, de investimento e de emprego. "É um círculo virtuoso", afirmou.

O ministro comentou que em alguns setores está faltando mão-de-obra. "Na construção civil, por exemplo, não tem mais mestre de obra, não tem mais engenheiro. Então, as empresas oferecem salários maiores", afirmou.

O levantamento do Ministério com dados do Caged mostra comparações por unidades da federação, setores profissionais, sexo e grau de instrução. "Isso aqui prova que todas as faixas salariais, de todos os setores, de todos os gêneros, de todo o Brasil estão tendo aumento real de salário de admissão", disse o ministro.

Redução

Os funcionários públicos, no entanto, tiveram redução. Segundo Lupi, o motivo, nesse caso é que no ano passado houve mais contratações no setor público de concursados em categorias de nível superior e este ano o foco está nos funcionários de nível médio, com salários menores.

Apenas três unidades da federação mostram salários iniciais médios acima da média nacional: São Paulo, com R$ 818,09; Rio de Janeiro, com R$ 792,60; e Distrito Federal, com R$ 762,50. As demais 24 unidades da federação estão com salários abaixo da média, sendo o menor valor o do Piauí, que é de R$ 499.

A região com maior aumento no ganho real no primeiro semestre de 2008 em relação ao mesmo período do ano passado é o Nordeste, com 4,64%, enquanto no Sul foi captado o menor crescimento, de 2,81%.

Os setores onde estão os maiores salários médios iniciais são serviços de instituições de crédito e capitalização, com R$ 1 6438,45; indústria extrativa mineral, com R$ 1.076,89 e indústria de material de transporte, com R$ 1.065,92.

Os homens ganham mais que as mulheres na média dos salário iniciais nacionais. A média de valor para os homens, neste caso, é de R$ 723,66, e para as mulheres, é de R$ 640,96.

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