Economia

Petróleo fecha a US$ 113,77 após atingir US$ 111

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postado em 15/08/2008 16:16
O preço do petróleo encerrou a sexta-feira (15/08) em baixa, no dia em que voltou ao patamar de US$ 111, não visto desde abril deste ano. A valorização do dólar e as previsões de demanda menor neste ano e em 2009, feitas pela Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), derrubaram os preços. O barril do petróleo cru para entrega em setembro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), fechou o dia cotado a US$ 113,77, em baixa de 1,08%. O preço máximo atingido hoje foi US$ 115,20. Após a divulgação do relatório mensal da Opep, o barril chegou a cair para um mínimo de US$ 111,34. Comparado ao mínimo de hoje, o barril já recuou mais de US$ 35,93 (23,66%) em relação ao recorde atingido no dia 11 de julho, US$ 147,27. A queda do petróleo já influencia também o preço da gasolina nos EUA: a AAA (Associação Americana do Automóvel, na sigla em inglês) informou hoje que o preço médio do galão (3,785 litros) ficou em US$ 3,771 hoje, depois do recorde de US$ 4,114 atingido no mês passado. O Federal Reserve (Fed, o banco central americano) informou hoje que a produção industrial americana cresceu 0,2% em julho. Mesmo sendo um recuo em relação ao resultado de junho, o índice fez o dólar ganha força em relação ao euro: a moeda européia chegou a ser negociada a US$ 1,469 hoje, contra US$ 1,4811 ontem. A valorização do dólar tende a aliviar os preços da commodity: como o petróleo é negociado em dólares, a moeda americana valorizada torna o barril mais caro, dificultando o acesso a mais compradores e diminuindo a pressão sobre a oferta. O preço do petróleo passou pela primeira vez dos US$ 100 em Nova York em janeiro deste ano. Segundo o relatório mensal da Opep, a demanda mundial da commodity deve registrar um crescimento de 1 milhão de barris diários em 2008, para uma média 86,9 milhões de barris por dia --uma ligeira redução de 30 mil barris em relação ao relatório de julho (a organização já havia reduzido a previsão de demanda nos relatórios de fevereiro, maio, junho e julho). Além disso, em 2009 a demanda mundial deve crescer em 900 mil barris por dia, chegando a uma média de 87,8 milhões de barris diários em 2009. Com isso, a demanda deve ficar em seu nível mais baixo desde 2002. Nesta semana, a Administração de Informação de Energia (EIA, na sigla em inglês, órgão ligado ao Departamento de Energia) informou que a demanda por petróleo nos Estados Unidos caiu em 800 mil barris por dia, em média, no primeiro semestre deste ano em relação ao mesmo período do ano passado. Foi a maior queda em volume registrada nos últimos 26 anos. Para 2009, a EIA elevou ligeiramente a previsão de demanda mundial para 2009, que passaria para 87,8 milhões de barris (1,1% a mais a respeito de 2008), o que representa mais 70 mil barris diários. O crescimento será impulsionado, principalmente, pelos países não membros da OCDE.

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