Economia

Gabrielli: queda de ações da Petrobras não tem a ver com discussão do pré-sal

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postado em 15/08/2008 16:20
O presidente da Petrobras, José Sergio Gabrielli, atribuiu a queda de valor de mercado da empresa à redução do preço do petróleo no mercado internacional nas últimas semanas. O executivo considerou que a desvalorização das ações da estatal é um movimento normal do ponto de vista do mercado de petróleo, lembrando que outras empresas do setor, como Esso e Shell, também se desvalorizaram nos últimos dias. Segundo levantamento realizado pela consultoria Economática, o valor de mercado da petrolífera estatal brasileira recuou em US$ 97,535 bilhões desde 20 de maio - data do último recorde de pontuação do Ibovespa (principal indicador da Bolsa de Valores de São Paulo) -, de US$ 303,676 bilhões em 20 de maio para US$ 206,141 bilhões. Gabrielli descartou a hipótese de que as discussões sobre um novo marco regulatório para o setor de petróleo no Brasil estejam influindo o movimento de valor das ações da companhia. Para ele, esse debate olha para um futuro mais distante, e as variações de mercado levam mais em consideração o cenário de curto prazo. "Até agora não houve definição nenhuma sobre o futuro, e o futuro é que define o comportamento de muitos investidores. E eles estão olhando muito o curto prazo. Também tem muita especulação no curto prazo", afirmou Gabrielli, que não fez comentários sobre as possíveis mudanças na lei e sobre a criação de uma nova estatal para gerenciar os blocos na amada pré-sal, no modelo de partilha de produção. Gabrielli disse ainda que é provável que haja uma tendência de queda do preço do petróleo, mas ressaltou que esse movimento não é definitivo. Na visão do executivo, essa queda é um "movimento de curto prazo". "Vai chegar a um patamar e vai voltar a crescer", observou, sobre a cotação do barril. O presidente da Petrobras participou do lançamento do programa Petrobras Ambiental para o período 2008-2012. Serão selecionados projetos ligados à preservação ambiental, que receberão incentivos totais de até R$ 500 milhões para estratégia do setor.

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