Economia

Petróleo fecha em baixa, apesar de temor sobre tempestade Fay

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postado em 18/08/2008 16:30
O petróleo fechou em baixa nesta segunda-feira (18/08), depois de o preço ter flutuado parte do dia perto dos US$ 114. Os investidores temem que a tempestade tropical Fay se torne um furacão e atinja as instalações petrolíferas na região do golfo do México. O barril do petróleo cru para entrega em setembro (cujos contratos expiram nesta semana), negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), encerrou o dia cotado a US$ 112,87, em baixa de 0,79%. Durante o dia, o preço máximo atingido foi de US$ 115,35 e o mínimo, US$ 112. A tempestade Fay - sexta a receber um nome na temporada de furacões deste ano no Atlântico, que vai de junho a novembro - atingiu a costa sul da ilha de Cuba com fortes chuvas e ventos. O fenômeno deve ganhar força ao se mover rumo à Flórida e pode se transformar em um furacão antes de atingir a costa dos EUA. Na passagem pelo Haiti, Fay teria deixado ao menos 50 mortos, depois que um ônibus caiu dentro de um rio ao tentar atravessar uma ponte. Só recebem nome tempestades que atingem o status de tempestade tropical ou furacão. Já houve dois furacões neste ano no Atlântico, Bertha e Dolly. O fenômeno não apresenta riscos às instalações petrolíferas no golfo até o momento. A Royal Dutch Shell, no entanto, já retirou 425 funcionários seus da região, mas eles deverão voltar se a tempestade seguir seu atual curso. "A Fay parece que ficará afastada das áreas produtoras de petróleo, mas até que fique bem definido (o curso da tempestade) deveremos ver alguma volatilidade no mercado", disse o presidente da consultoria Ritterbusch and Associates, Jim Ritterbusch. Abaixo dos US$ 100 O Centro de Estudos Globais para a Energia (CGES, na sigla em inglês), informou hoje que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) impedirá que o preço do barril caia muito abaixo dos US$ 100. Segundo o instituto, o preço do petróleo - que caiu mais de US$ 30 no último mês após beirar US$ 150 o barril em julho - baixou como conseqüência de um maior equilíbrio entre oferta e procura. O CGES prevê que o preço desta commodity continuará descendo, já que considera que a Opep "não parece muito descontente" de ver como o barril tem caído nas últimas semanas. No entanto, o cartel deve agir se o petróleo cair muito abaixo dos US$ 100.

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