Economia

Bovespa fecha em alta de 3,24%, aos 55.377 pontos

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postado em 20/08/2008 17:36
O mercado acionário teve um dia de trégua nesta quarta-feira, com o retorno de parte do capital estrangeiro que havia "fugido" da Bolsa de Valores nos últimos dois meses. Ajustes nos preços das commodities foram a senha para que os investidores "de fora" voltassem às compras e puxassem os preços das chamadas "blue-chips", os papéis que mais influenciam os negócios daBolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). Dessa forma, a ação preferencial da Petrobras, o ativo mais negociado no pregão, subiu 4,84%, enquanto a ação da Vale do Rio Doce, outro "carro-chefe" da Bolsa, valorizou 6,97%. "Para uma ação "blue-chip´ subir 6%, 7%, é um sinal muito forte de que dinheiro estrangeiro entrou no mercado", comenta José Carlos Oliveira, operador da corretora Senso. "Nesses últimos meses somente saiu dinheiro. Chegou um momento em que a Bolsa ficou muito depreciada e os investidores viram que era o momento de voltar às compras", acrescenta. Até ontem, a Bolsa havia acumulado perdas de 9% (em dólar). O Ibovespa, termômetro dos negócios, ganhou 3,24% e alcançou os 55.377 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,72 bilhões, abaixo da média deste mês (R$ 5,35 bilhões). O dólar comercial foi negociado a R$ 1,620 na venda, em declínio de 0,43%. A taxa de risco-país marca 243 pontos, número 0,41% superior à pontuação anterior. O mercado viu a valorização da Bolsa e o recuo do dólar somente como uma "trégua" num mercado ainda predominante pessimista. "Ainda há muita uma incerteza entre os investidores sobre a política monetária do Fed (o banco central dos EUA). Se ele sobe os juros, restringe a economia; Se ele ´solta a mão´ (reduz os juros), para fazer o país crescer, pode estimular a volta da inflação", comenta Reginaldo Galhardo, gerente da mesa de câmbio da corretora Treviso. As bolsas européias concluíram os negócios em terreno positivo, puxada por ações das mineradoras Xstrata, Rio Tinto e BHP Billiton. Em Londres, o índice FTSE teve alta de 0,97%, enquanto o índice alemão Dax subiu 0,56%. Em Nova York, o influente Dow Jones valorizou 0,61%. Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Energia dos EUA revelou que as reservas de petróleo encerraram a última semana com um estoque de 305,9 milhões de barris, com alta de 9,4 milhões de barris ante a semana anterior. Os analistas do setor esperavam uma alta de apenas 900 mil barris. No front doméstico, dois índices de preços reforçaram a percepção de que a inflação brasileira desacelerou: o Índice Geral de Preços - Mercado (IGP-M) teve deflação de 0,12% na segunda leitura prévia deste mês, contra inflação de 1,79% um mês antes. Economistas do setor financeiro contavam com uma deflação de 0,10%. Já o Índice de Preços ao Consumidor (ICP) da Fipe teve variação de 0,34% no período de quatro semanas até o dia 15, contra 0,38% na abertura do mês. O número veio em linha com as expectativas dos analistas.

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