Economia

Fabricante de cimento investe no DF

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postado em 21/08/2008 08:46
Pegos de surpresa pelo aumento da demanda em 2007, os fabricantes de cimento aceleraram os investimentos e tiraram antigos projetos da gaveta. O incremento na produção vem ocorrendo em todo o país e em especial no Distrito Federal, que no ano passado registrou uma demanda superior à oferta. No fim do ano passado o preço chegou a subir 63% em apenas um mês e faltou cimento nas lojas da capital federal. Para lucrar com a procura em alta, as duas fábricas com atuação na cidade estão ampliando suas capacidades produtivas. No início deste ano, a produção das concorrentes Ciplan e Cimento Tocantins, juntas, era de 3 milhões de toneladas por ano, para abastecer o DF e alguns estados da região Centro-Oeste. Até dezembro, a capacidade chegará a 3,4 milhões de toneladas e em 2010, as duas fabricantes atingirão a produção de 5,9 milhões de toneladas por ano. O consumo dos brasilienses é estimado em 1 milhão de toneladas por ano. Depois de uma década fechada, a fábrica da Cimento Tocantins, do grupo Votorantim, localizada em Cocalzinho, foi reativada em abril deste ano com uma capacidade de produção anual de 200 mil toneladas, volume que será ampliado para 300 mil toneladas até dezembro. A unidade de Sobradinho da companhia, que produz 1,5 milhão de toneladas por ano, será duplicada até dezembro de 2010. Ao todo, o grupo está investindo R$ 480 milhões na região do Distrito Federal. Em todo o Brasil serão R$ 3 bilhões até 2011. Do cimento produzido na capital federal, 40% fica no DF e Entorno e o restante é vendido para estados da Região Centro-Oeste. ;A expectativa é que a demanda continue crescendo, em função da expansão do crédito imobiliário;, afirma o diretor de operações da regional Centro-Norte, Rômulo Miranda. Também localizada no DF, a Ciplan já possui licença ambiental para construir um terceiro forno e ampliar sua produção de 1,5 milhão de toneladas para 1,7 milhão de toneladas ainda neste ano. Em 2010 a capacidade chegará a 2,7 milhões de tonadas por ano, quase o dobro do que é comercializado hoje, segundo o diretor-superintendente da Ciplan, Alexandre Chueri. ;O aumento da demanda em 2007 não era só uma bolha, ele veio com uma duração mais longa e por isso estamos investindo tanto na ampliação;, afirma. A intenção de ampliar investimentos é generalizada no setor. Segundo pesquisa feita pela Associação Brasileira da Indústria de Materiais de Construção (Abramat), 55% das indústrias de todo o país pretendem realizar investimentos relevantes nos próximos 12 meses.

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