Economia

IGP-M é principal índice da agenda da semana

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postado em 24/08/2008 12:26
A taxa de inflação que o Índice Geral de Preços ao Mercado (IGP-M) de agosto revelará nesta semana, na quarta-feira, é o principal entre os indicadores da agenda doméstica do final de agosto. O índice que será divulgado pela Fundação Getúlio Vargas (FVG) é o que está melhor sintonizado com o comportamento e formação de preços das commodities no mercado internacional. Desde que os preços das commodities começaram a desacelerar, há dois meses, o IGP-M bem como outros IGPs, passaram a mostrar perda de força no movimento de alta de preços. Trata-se de um comportamento inerente a um indicador de preços intensivo em matérias-primas com preços forjados no mercado internacional. Elas compõem o Índice de Preços no Atacado (IPA), subíndice que responde por 60,00% dos IGPs. Em junho, o IGP-M fechou com uma alta de 1,98%, desacelerou para 1,76% em julho, e fechou com quedas de 0,01% e 0,12%, respectivamente, nas primeira e segunda prévias de agosto. As quedas só não foram maiores porque internamente, os preços dos produtos industrializados ainda continuam pressionados. Além disso, dado o grau de correlação entre as variações dos valores das commodities no mercado internacional e os preços no atacado no mercado doméstico, não vai demorar muito para que os preços no atacado voltem a subir, especialmente os do segmento agrícola. Nesta semana, as commodities voltaram a experimentar novos patamares no mercado externo. E o IGP-M de agosto servirá para, pelo menos, dar subsídios para os analistas começarem a avaliar os passos seguintes dos preços no atacado. Também na quarta-feira, a Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) divulgará o seu Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para a cidade de São Paulo referente à terceira quadrissemana de agosto. A tendência é de mais uma desaceleração dos preços que, segundo a Fundação, caiu pela nona vez consecutiva na segunda quadrissemana de agosto - período de 30 dias encerrado no dia 15. No centro destas desacelerações estão os menores preços dos alimentos. No caso do IPC da Fipe, os impactos dos alimentos são mais diretos porque estão na ponta do consumidor. As taxas de inflação só não têm sido menores no âmbito do IPC-Fipe porque o indicador tem refletido a alta de alguns preços monitorados, como energia elétrica, gás canalizado, telefonia e pedágios, entre outros. Na primeira quadrissemana deste mês, o IPC-Fipe fechou em 0,38% e desacelerou para 0,34% na segunda parcial do mês. No fechamento de julho o indicador mostrou um reajuste médio de 0,45%. Esse é um breve intervalo que dá uma pequena mostra da trajetória de desaceleração da inflação na capital paulista iniciada a partir da segunda quadrissemana de junho. Tesouro Também o Tesouro Nacional informará na quarta-feira o resultado fiscal do Governo Central (Banco Central, Tesouro Nacional e INSS) em julho. No mês anterior, o primário do Governo foi de R$ 7,922 bilhões. O Banco Central, em seguida, anunciará o resultado fiscal do setor público consolidado (Governo Central, estados, municípios e estatais federais) também de julho. Para esta conta, o resultado fiscal de junho foi de R$ 11,166 bilhões. A divulgação do superávit primário do setor público consolidado estava previsto para o dia 28 e foi antecipada para o dia 27. Antes disso, amanhã, a Fundação Getúlio Vargas (FGV) informará a inflação relativa à terceira quadrissemana de agosto do Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S). Os fatores que estão afetando o indicador são, basicamente, os mesmos que estão influenciando o IPC-Fipe: alimentos para cima e tarifas para baixo. Na primeira quadrissemana, o IPC-S variou 0,44% e na leitura seguinte, recuou para 0,34%. Ainda serão anunciados pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) na segunda-feira os números da balança comercial referente à quarta semana de agosto. Na terceira parcial do indicador de transações comerciais do País com o exterior em agosto, a balança fechou com um superávit US$ 1,666 bilhão. No mesmo dia, o Banco Central divulga as medianas das expectativas do mercado financeiro para os principais indicadores macroeconômicos no âmbito da Pesquisa Focus. As medianas mais importantes neste documento são as que dizem respeito as expectativas de inflação.

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