postado em 26/08/2008 10:34
A mineradora anglo-australiana Rio Tinto obteve no primeiro semestre do ano um lucro líquido recorde de US$ 6,91 bilhões, mais do que o dobro do mesmo período de 2007, graças a um aumento da produção e das rendas extras pela venda de ações.
A receita total subiu para US$ 30 bilhões, enquanto o lucro operacional foi de US$ 9,83 bilhões, disse nesta terça-feira (26/08) a companhia à Bolsa de Valores de Londres.
Estes resultados incluem um lucro pela venda de ações de US$ 2,24 bilhões, de um total de US$ 10 bilhões que a Rio Tinto pretende obter no conjunto do ano.
A dívida líquida era de US$ 42,1 bilhões em 30 de junho, US$ 3 bilhões a menos que no fechamento de 2007, quando a dívida disparou em virtude da compra da Alcan, completada no final de outubro por US$ 38,1 bilhões.
A companhia obteve nos seis primeiros meses do ano um recorde de produção de minerais como ouro, bauxita, alumínio, borato de sódio, dióxido de titânio e carvão térmico.
Além disso, muitos dos produtos da Rio Tinto registraram preços recorde neste semestre, o que aumentou o lucro da empresa em US$ 2,79 bilhões.
O presidente da companhia, Paul Skinner, disse em comunicado que o ponto principal da demanda de seus produtos são os setores industrial e de construção em países como China e Índia, cujas economias mantêm um grande crescimento, acrescentou.
Skinner disse que a perspectiva para o futuro continua sendo "positiva".
Já o executivo-chefe da empresa, Tom Albanese, afirmou que a sinergia anual que o grupo pretende obter a partir de 2010 com a integração da Alcan subiu para US$ 1,1 bilhão, frente aos US$ 940 milhões anunciados previamente.
A Rio Tinto investirá mais de US$ 6 bilhões durante o ano e pretende aumentar sua produção anual de minério de ferro em 600 milhões de toneladas, principalmente no Brasil, no Canadá e na Guiné.
Quanto à oferta da BHP Billiton, o maior grupo siderúrgico do mundo, que em fevereiro passado fez uma oferta de compra à companhia, a Rio Tinto disse que o valor é muito baixo e reiterou sua intenção de se manter independente, além de ter assinalado que aguarda a resposta do regulador europeu da concorrência.