Economia

Preços de imóveis residenciais nos EUA têm queda recorde no 2° trimestre

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postado em 26/08/2008 11:01
Os preços dos imóveis residenciais nos EUA tiveram uma queda recorde, de 15,4% no segundo trimestre, na comparação com o mesmo período de 2007, segundo o índice S/Case-Shiller, um dos de maior peso no mercado imobiliário americano, divulgado nesta terça-feira (26/08). No primeiro trimestre do ano, a queda havia sido de 14,2%. O índice referente aos preços nas 20 principais regiões metropolitanas do país caiu 15,9% em junho, na comparação com junho do ano passado, maior queda desde o início da pesquisa nessa modalidade, em 2000. Já o índice referente a preços nas 10 maiores regiões metropolitanas caiu 17%, maior desde que surgiu a apuração nessa modalidade, há 21 anos. "Embora não tenha ocorrido uma recuperação nacional nos preços dos imóveis residenciais, é possível que algumas regiões estejam se esforçando para se recuperarem, o que resultou em alguma moderação nas quedas de preço em nível nacional", disse o presidente da comissão da Standard & Poor´s que apura o indicador, David Blitzer. Na comparação com maio os preços dos imóveis nas regiões de Denver ( 1,5%) e Boston ( 1,2%) tiveram algum aumento. Já as quedas foram lideradas pela região metropolitana de Phoenix (2,6%). Ontem a NAR (Associação Nacional dos Corretores de Imóveis, na sigla em inglês) informou que as vendas de casas já existentes nos EUA tiveram uma alta de 3,1% em julho. Segundo a associação, as vendas atingiram um patamar anualizado de 5 milhões de unidades. A expectativa dos analistas era de uma alta de 1,6%. Na comparação com julho de 2007, no entanto, as vendas ainda estão 13,2% menores. O preço médio de um imóvel vendido em julho ficou em US$ 212 mil, uma redução de 7,1% em relação ao preço visto há um ano. Os estoques de imóveis cresceram 9,3% até o fim do mês passado, atingindo um nível recorde de 4,67 milhões de unidades --o que representa 11,2 meses de vendas, ao ritmo de julho. "Os estoques continuam altos (...) As construtoras precisam continuar a reduzir a produção", disse o economista da NAR, Lawrence Yun.

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