Economia

Investimentos no país vão crescer 52% nos próximos quatro anos, diz BNDES

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postado em 28/08/2008 11:15
Os investimentos nos principais setores da economia brasileira vão crescer 52% nos próximos quatro anos, segundo dados apresentados nesta quinta-feira (28/08) pelo presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho. O número se refere a quatro setores que representam cerca de 50% do total de investimentos: indústria e serviços; infra-estrutura; construção residencial; e agropecuária. O dinheiro do setor público e privado nessas áreas vai passar de R$ 1,554 trilhão no período 2004-2007 para R$ 2,367 trilhões no período 2008-2011. "Isso sem incluir novos investimentos que virão e assim podemos ultrapassar isso", disse Coutinho, durante apresentação no Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES) sobre investimentos no país. Somente na área de petróleo e gás, excluídos os investimentos no pré-sal, o dinheiro aplicado vai crescer 83% nessa comparação, para R$ 270 milhões. O governo prevê também que a taxa de investimento passe dos atuais 14,9% do Produto Interno Bruto (PIB) nos últimos 12 meses para 20,9% do PIB no final de 2010. "Hoje, o investimento vem crescendo consistentemente e muito acima do crescimento do PIB, duas vezes e meia o crescimento do PIB", afirmou. Setores Coutinho também destacou outros investimentos que serão feitos por setores. A produção anual de veículos deve passar de 3,85 milhões em 2008 para 5,1 bilhões em 2014. A capacidade produtiva na siderurgia e na área de celulose vai dobrar até lá. Em relação aos biocombustíveis, a produção de etanol aumentará 80% nesse mesmo período, para 49 bilhões de litros na safra 2014/2015. "O etanol é uma oportunidade energética excepcional", disse. O presidente do BNDES disse também que a crise internacional iniciada nos EUA completa um ano sem que isso tenha afetado os investimentos no Brasil. "Estamos completando um ano de crise internacional e as decisões de investimento no Brasil nem tremeram. Isso não quer dizer que vamos subir no salto alto e dizer que está tudo resolvido. Há uma travessia ainda pela frente, mas nós podemos atravessar as tormentas que ainda estão por vir", afirmou.

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