Economia

Distrito Federal pode receber investimentos da Coréia do Sul

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postado em 28/08/2008 17:29
O Parque Tecnológico Capital Digital (PTCD) de Brasília, projeto do governo do Distrito Federal e parceiros, pode receber aporte de recursos de investidores da Coréia do Sul. O Parque, em fase de elaboração pela Federação das Indústrias do DF (FIBRA), GDF e universidades prevê captação total de R$ 1 bilhão para ser concluído. Nesta quarta-feira (27/08), houve reunião entre a Fibra, a Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (SDET) e o presidente da companhia sul-coreana CDS Ganong International, Yoon Moon-Deok, para discutir participação do capital daquele país no empreitada de implantação do PTCD. O secretário-adjunto da SDET, Adriano Amaral, explicou que Moon-Deok representa importantes empresas sul-coreanas e pode se constituir no principal articulador com demais investidores do país estrangeiro. ;Ele representa a abertura de todas as portas na Coréia. É bastante influente;, disse O presidente da Fibra, Antônio Rocha, afirma que a entidade vem desenvolvendo trabalho no sentido de atrair investidores para o PTCD. Rocha explica que a participação de conglomerados sul-coreanos no Parque Tecnológico é uma meta que vinha sendo buscada pelo Grupo de Trabalho que trata do projeto já há algum tempo. Para o presidente da Fibra, o DF tem um potencial ainda inexplorado no segmento de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), e grande probabilidade de atrair aportes financeiros no que toca à área. ;Essa é uma excelente oportunidade para os investidores. Nos últimos meses participamos de missões empresariais com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva com o objetivo de atrair investidores para as parcerias que se abrem na capital federal;, afirmou Rocha. Semicondutores De acordo com Antônio Rocha, além dos investimentos privados, os coreanos poderiam participar da instalação de fábricas de semicondutores e produtos destinados ao mercado de televisão digital. Rocha disse que o segmento industrial do DF vem contribuindo na participação do PIB local. Em 2002, o conjunto de indústria detinha 7,8% do PIB e já chega a 9,8% do conjunto de riquezas da capital federal. Petróleo, gás e energia O grupo de Yoon Moon-Deok pode investir também nos setores de petróleo, gás e energia no DF, além de participar da implantação do Parque Tecnológico. Segundo o investidor, a CDS Ganong desenvolve equipamento de produção de energia e aquecimento com base na reciclagem do lixo. O investidor disse que a indústria desenvolve térmicas que estão em fase de experiência na Coréia do Sul, China, Japão, Tailândia e México. Adriano Amaral explicou que esta proposta deve ser melhor avaliada pelo GDF para uma futura parceria com a CEB e o SLU.;Poderíamos ter pequenas térmicas nas cidades ou nos setores hoteleiros de Brasília. Seria uma energia limpa, a baixo custo e que resolveria algumas questões, como por exemplo, de infra-estrutura da CEB para transportar energia aos pontos mais distantes do DF;, afirmou Amaral. Outro projeto que interessa ao governo local é a construção de um gasoduto. O secretário-adjunto da SDET disse ter recebido informações de que até o ano de 2011 o País terá gás natural sem limitações. Deste modo, os investidores capitaneados por Moon-Deok poderiam ser parceiros da CEB Gás. O projeto do gasoduto deve receber investimentos da ordem de US$ 2,2 bilhões. Com a oferta de gás natural, segundo Amaral, o produto poderia ser trazido de Belo Horizonte e não mais de Paulínia (SP), oque reduziria consideravelmente os gastos do DF com a commodity. O secretário-adjunto vê a possibilidade também de, numa próxima etapa, atender ao mercado de reparação de automóveis. Isso permitira que as oficinas mecânicas instaladas no DF passassem a atuar com a conversão da frota a gasolina e a álcool em GNV. ;Isso vai gerar emprego e renda. Será uma contribuição de grande porte para toda a cadeia produtiva;, avaliou Amaral. Após a reunião com Moon-Deok ficou decidido que uma comitiva do DF, composta por lideranças empresariais, visitará Seul no próximo mês para dar continuidade aos entendimentos sobre os projetos. O sul-coreano informou que fará um relatório para que haja melhor entendimento sobre as oportunidades do DF.

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