postado em 28/08/2008 17:44
Em seu penúltimo pregão do mês, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) recuperou bastante terreno, porém, dificilmente deve evitar a posição de uma das piores aplicações financeiras do mês, com perdas acumuladas de 5,25% até a jornada desta quinta-feira (28/08)
Hoje, a notícia de que o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) americano do segundo trimestre superou, com folga, as expectativas do mercado financeiro, ajudou a melhorar o humor dos investidores, que voltaram às compras. O volume financeiro da Bovespa, bastante esvaziada ao longo da semana, mostrou alguma recuperação.
O Ibovespa, termômetro dos negócios na Bolsa paulista, teve alta de 1,55% e atingiu os 56.382 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,3 bilhões, ante uma média de R$ 4,83 bilhões/dia em agosto e de R$ 5,97 bilhões/dia no ano.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,632 na venda, com avanço de 0,61%. A taxa de risco-país marca 244 pontos, número 1,61% abaixo da pontuação anterior.
Na Europa, as principais bolsas de valores concluíram os negócios em terreno positivo, a exemplo de Londres - onde o índice FTSE teve avanço de 1,61% - enquanto o Dax, de Frankfurt, subiu 1,57%. Em Nova York, o índice Dow Jones, de repercussão mundial, registrou ganho de 1,85%. Entre as principais notícias do dia, o Departamento de Comércio dos EUA revelou uma estimativa de crescimento do PIB de 3,3% no segundo trimestre.
Economistas de bancos e corretoras previam um incremento da ordem de 2,7%. Trata-se de uma estimativa inicial do PIB, que ainda deve ser revista nos próximos meses. O número semanal de pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos chegou a 425 mil na semana do dia 23 de agosto, queda de 10 mil em relação à semana anterior, segundo o Departamento de Trabalho americano.
"O crescimento da economia dos Estados Unidos, ainda que reduzido, mostra dinamismo do mercado interno, da maior flexibilidade do mercado de trabalho, em comparação com as economias européias e japonesas, que se encontram estagnadas", comentou Alcides Leite, economista da Trevisan Escola de Negócios.
No front doméstico, a Fundação Getulio Vargas (FGV) informou que o Índice de Confiança da Indústria (ICI) cresceu 1,1% entre julho e agosto de 2008, ao passar de 121,5 para 122,8 pontos. Trata-se do segundo maior índice da série iniciada em abril de 1995.