Economia

É hora de poupar para o futuro

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postado em 31/08/2008 08:47
Responsável por alavancar o consumo no varejo nos últimos anos, a população de baixa renda e a classe média começam a segurar o impulso da gastança e poupam parte do dinheiro a mais que entrou com a elevação da renda. As famílias de classes C, D e E, que têm rendimento mensal total de até R$ 4.591, segundo critério adotado pela Fundação Getúlio Vargas, representam 85% da população do país. Para muitos, o salário ainda é insuficiente para quitar as contas do dia-a-dia, mas entre os que conseguem ter uma sobra no fim do mês, é cada vez maior o número dos que economizam para o futuro. Na média brasileira, a população poupa o equivalente a 3% de seus salários. Segundo um estudo da consultoria LatinPanel, especializada em painéis de consumo domiciliar, as famílias brasileiras ganham, em média, R$ 1.463 por mês, e gastam, R$ 1.417. Com isso, só a caderneta de poupança, principal instrumento bancário utilizado pelas pessoas físicas, retém atualmente R$ 251 bilhões, pelas contas do Banco Central. A casa própria é o principal objetivo da poupança. E no Distrito Federal, onde o metro quadrado de um apartamento pode passar de R$ 6 mil, a realização do sonho se torna cada vez mais difícil. O jeito é abrir mão do consumo. E, muitas vezes, do conforto. Com o intuito de economizar para construir sua casa, a agente social Maria das Graças Lopes, de 36 anos, divide com a família, composta pelo marido e por três filhos, um imóvel de quatro cômodos, feito de madeira, no Varjão. Todos os meses, pelo menos R$ 1mil da renda da família, que gira entre R$ 2,5 mil e R$ 3 mil, é destinada à poupança. ;Pode acontecer o que for que eu não gasto para nada, enquanto não construir minha casa;, afirma. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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