Economia

Banco coreano confirma interesse em investir no Lehman Brothers, diz jornal

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postado em 02/09/2008 14:23
O KDB (Banco de Desenvolvimento da Coréia do Sul, na sigla em inglês) confirmou nesta terça-feira (02/09) que vem avaliando um possível investimento no banco americano de investimentos Lehman Brothers Holdings. O executivo-chefe do KDB, Min Euoo-sung, no entanto, não detalhou o alcance do investimento ou o estado atual das negociações, segundo reportagem de hoje do site do diário americano "The Wall Street Journal" ("WSJ"). No fim de julho e início de agosto, o banco coreano estava entre outros que planejavam investir no Lehman, mas não houve acordo, diz o texto. O executivo-chefe do KDB informou que pretende formar um consórcio com outros bancos coreanos para investir no banco americano e negou os rumores de que estaria considerando comprar o controle do Lehman. No mês passado, o diário britânico "Financial Times" ("FT") informou que o Lehman teria tentado vender, na primeira quinzena de agosto, metade de suas ações para Coréia do Sul e da China. Os investidores teriam rejeitado a compra, segundo o "FT", por considerar que o Lehman Brothers pedia um preço alto demais. Em junho, o Lehman anunciou que teve uma perda líquida de US$ 2,8 bilhões no segundo trimestre fiscal do ano (de março a maio). Foi a primeira perda líquida trimestral desde que o grupo entrou na Bolsa em 1994. No mesmo período de 2007, teve um lucro líquido de US$ 1,26 bilhão. O "WSJ" informou, também em agosto, que o banco deve registrar no terceiro trimestre fiscal (encerrado no mês passado) um prejuízo de US$ 1,8 bilhão, contra uma expectativa de um lucro modesto feita anteriormente. Se a estimativa negativa se confirmar, as perdas do banco desde o início de março poderão chegar a pelo menos US$ 4,5 bilhões --mais que o lucro obtido pelo banco no ano fiscal de 2007, informou o "WSJ". O acordo com o KDB, no entanto, envolve muitas restrições legais, diz o diário americano. O governo sul-coreano informou em junho que deve dividir o KDB em uma holding --que se tornaria uma companhia privada até 2012-- e um fundo de desenvolvimento, que permaneceria sob controle do governo. Na semana passada, o presidente da Comissão de Serviços Financeiros da Coréia do Sul (que regula os bancos do país), Jun Kwang-woo, disse achar improvável que uma estatal pudesse vir a exercer um papel de controle sobre um banco de investimentos americano.

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