Economia

Bovespa fecha com retração de 1,37%, começando setembro com perdas

;

postado em 02/09/2008 17:50
As ações de empresas ligadas às commodities metálicas e petróleo arrastaram a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). No mercado internacional, os preços das matérias-primas sofreram fortes ajustes, principalmente o petróleo. A passagem do furacão Gustav causou danos menores do que imaginado à infra-estrutura petrolífera do golfo do México, o que abriu espaço para o recuo da commodity. Dessa forma, na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), a cotação do barril chegou a cair para US$ 105 no decorrer do dia, mas concluiu o expediente em US$ 109,71, queda de 4,98%. O Ibovespa, principal termômetro dos negócios da Bolsa paulista, desvalorizou 1,37% e atingiu os 54.404 pontos. O giro financeiro foi de R$ 4,18 bilhões, bem melhor do que o volume de ontem (R$ 1,99 bilhão), mas ainda abaixo da média de agosto (R$ 4,8 bilhões). Somente as ações preferenciais e ordinárias da Petrobras movimentaram juntas quase R$ 800 milhões e amargaram perdas de 3,21% e 2,39%, respectivamente. A ação da Vale do Rio Doce, que sozinho teve giro superior a R$ 500 milhões, registrou perdas de 1,62%. O dólar comercial foi cotado a R$ 1,665 na venda, o que representa um acréscimo de 1,15%. A taxa de risco-país marca 248 pontos, número 3,33% mais alto que a pontuação anterior. Europa e EUA As bolsas européias concluíram os negócios de hoje registrando ganhos, devido, entre outros fatores, às ações das companhias aéreas, favorecidas pela queda no barril de petróleo, o que barateia o custo dos combustíveis. Em Londres, o indicador FTSE valorizou 0,32%, enquanto o indicador Dax, do mercado alemão, subiu 1,51%. Em Nova York, a Bolsa local se manteve em terreno positivo durante boa parte do pregão, mas inverteu tendência e fechou com retração de 0,23% (índice Dow Jones). O mercado financeiro repercutiu com moderação os mais recentes indicadores econômicos dos EUA. A atividade manufatureira registrou contração em agosto, segundo o índice Instituto de Gestão de Oferta (ISM, na sigla em inglês). Analistas contavam com uma leitura em torno de 49,8 pontos. E o Departamento de Comércio revelou que os gastos com construção nesse país tiveram uma queda de 0,6% em julho. O mercado financeiro esperava um decréscimo pouco menor, em torno de 0,5%. Outras notícias Entre outras notícias, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que a produção industrial do país desacelerou e subiu 1% em julho frente ao mês anterior, após avanço de 2,9% em junho. A inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor - Semanal (IPC-S) retrocedeu em seis das sete capitais em que o índice é apurado no período até o último dia 31, segundo a Fundação Getulio Vargas (FGV).

Tags

Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor. As mensagens estão sujeitas a moderação prévia antes da publicação