Economia

Fipe reduz previsão do IPC para o ano de 6,5% para 6,4%

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postado em 03/09/2008 16:01
A Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) reduziu a previsão do Índice de Preços ao Consumidor (IPC) para o ano de 6,5% para 6,4% devido, principalmente, a um avanço menor que o esperado para inflação em agosto. O IPC fechou o mês em 0,38%, ante previsão anterior de 0,6%. Para este mês, a Fipe prevê que o índice de inflação deve fechar com alta entre 0,35% e 0,40%, mantendo a média do mês passado. Segundo o coordenador da pesquisa, Antônio Evaldo Comune, a expectativa é que o aumento de preço fica estabilizado nesse patamar até o fim do ano, com uma pequena variação em dezembro, quando deve atingir 0,5%.No acumulado de 12 meses, o IPC-Fipe fechou agosto em alta de 6,35%. Agosto Os preços dos alimentos tiveram deflação de 0,49% em agosto, a maior queda desde junho de 2006. Em maio deste ano, o aumento de preços da categoria chegou a 3,17%. "Todos que contribuíram para a queda da inflação são do grupo de alimentação", afirmou o coordenador da pesquisa, Antônio Evaldo Comune. O tomate liderou a lista, com deflação de 29,86% em agosto, seguido por melão (-28,43%), a vagem (-15,63%), o feijão (-6,2%) e o leite longa vida (-4,75%). Os preços do óleo de soja e do arroz também tiveram queda, 3,2% e 2,76%, respectivamente. Na relação dos itens que pressionaram o IPC, a energia elétrica foi a responsável por mais da metade do IPC de agosto, com alta de 5,05%. Segundo Comune, esse item deve deixar de pressionar os preços em setembro, visto que os aumentos já foram repassados ao consumidor. O grupo Habitação, no geral, subiu 1,03%, contribuindo com mais de 88% do resultado do IPC-Fipe. O índice divulgado hoje foi o maior desde a segunda semana de setembro de 2004, quando houve alta de 1,27%. Na comparação com os índices finais para cada mês nessa categoria, foi o maior resultado desde agosto de 2004, quando teve alta de 1,78%. Na categoria Despesas Pessoais os preços subiram e encerraram agosto com alta de 0,75%, ante um acréscimo de 1,19% no mês anterior. O aumento de 2,10% nos preços dos cigarros pressionou o índice no mês passado e deverá ter o mesmo impacto na inflação de setembro, segundo a Fipe. Os preços da categoria Vestuário tiveram queda acentuada, registrando menos 0,38%, contra deflação de 0,03% em julho. Para Comune, a altas temperaturas verificadas neste inverno anteciparam as liquidações de roupas. Por outro lado, os preços dos calçados, que não são tão sensíveis às estações do ano, tiveram aumento de 2,09 em agosto. Já na categoria Transportes, os preços ligeira variação para baixo, registrando alta de 0,29%, contra 0,30% uma semana antes. Nos preços na categoria Saúde houve nova variação para baixo, passando de alta de 0,49% para uma de 0,44%. O grupo de educação teve variação mensal positiva de 0,12%. O IPC mede a variação dos preços no município de São Paulo de famílias com renda de 1 até 20 salários mínimos. Na pesquisa, são feitas cerca de 110 mil tomadas de preços.

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