Economia

Metalúrgicos da GM fazem greve no Vale do Paraíba

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postado em 03/09/2008 18:58
Cerca de 9 mil trabalhadores da General Motors paralisaram suas atividades hoje, nos três turnos da fábrica de São José dos Campos, em protesto pelo impasse nas negociações da campanha salarial 2008. Os trabalhadores reivindicam 18,83% somando aumento real e a inflação. A greve deve durar 24 horas, até a entrada do primeiro turno, às 5h30 de amanhã, conforme estratégia adotada pelo Sindicato dos Metalúrgicos local - filiado ao Conlutas -, que desde o início da semana está organizando paralisações diárias nas empresas da sua base, que reúne cerca de 45 mil trabalhadores. Cerca de 950 carros deixaram de ser produzidos. "Amanhã teremos novas negociações e a proposta é articular os trabalhadores de todas as montadoras para uma mobilização única. Hoje aprovamos uma convocação para que a CUT (Central Única dos Trabalhadores) também se junte a nós", afirmou Luiz Carlos Prates, o Mancha, o secretário geral do Sindicato e do Conlutas Taubaté Em Taubaté, cerca de 7,1 mil trabalhadores da Volkswagen e da Ford realizaram assembléias em todos os turnos e aprovaram a realização de uma assembléia geral, domingo, na sede do sindicato. "Vamos avaliar o movimento e se não houver uma proposta melhor, vamos parar por tempo indeterminado, a partir de segunda-feira", disse o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté, Isaac do Carmo. Na rodada de negociações que aconteceu ontem, a entidade patronal apresentou uma proposta de 1,25% de aumento real, a qual foi rejeitada na mesa pelos metalúrgicos da CUT. Amanhã acontece nova rodada de negociações, no Sindicato Nacional das Indústrias de Veículos Automotores - Montadoras (Sinfavea) Carmo disse que a CUT já está mobilizada conjuntamente com o Conlutas, mas nem por isso comunga da forma de agir politicamente daquela central. "Somos diferentes e não usamos os trabalhadores como massa de manobra. O que eles estão pedindo de aumento real foge da nossa capacidade de negociação. Temos que ser compatíveis com a realidade", disse Carmo. As empresas e o Sinfavea não se manifestaram sobre o movimento dos trabalhadores

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