postado em 04/09/2008 19:16
A produção brasileira de fumo rendeu na safra 2007/2008 para a balança comercial US$ 3,8 bilhões, com a plantação de 720 mil toneladas em 354 mil hectares. A safra 2008/09 poderá resultar na colheita de 770 mil toneladas plantadas em 376 mil hectares, por 176 mil produtores. O Brasil responde por 85% da produção mundial e vende 45% da produção para a União Européia e 16% para o Extremo Oriente.
A Cadeia Produtiva do Fumo, composta pelo governo e a iniciativa privada, reuniu-se hoje (4) no Ministério da Agricultura para discutir a certificação de propriedades, do produto originário da lavoura e do produto final, a fim de que o setor tenha assegurada sua sustentabilidade e confiabilidade comercial, uma vez que está caindo o número de propriedades que se dedicam a essa cultura.
De acordo com o assessor especial do Ministério da Agricultura para o setor fumageiro, Aguinaldo José Lima, é importante a criação do conceito de produção integrada, através de boas práticas agronômicas que levem em conta as questões ambientais e sociais. Ele disse que hoje os produtores diversificação suas lavoura, com culturas como milho, feijão e outros produtos de subsistência. Algumas propriedades criam gado e fazem exploração florestal, ao mesmo tempo em que plantão fumo.
Lima entende que o consumo interno, que vem inclusive caindo, não preocupa o setor, pois o foco principal é a exportação. Há espectativa de baixa de estoques no mercado mundial e a possibilidade de aumento do consumo. Ele reconhece que o setor teme uma desvalorização maior do dólar ou o aumento da taxação do produto em prejuízo do lucro.
A Cadeia Produtiva do Fumo abordou, durante a reunião, dificuldades que vêm sendo enfrentadas pelos produtores baianos de charutos e cigarrilhas, que reclamam de concorrência predatória desses produtos por parte de Cuba e da República Dominicana. Eles deverão ser chamados para reunião, a fim de expor suas dificuldades, pois muitos temem ter que fechar suas fábricas.