Economia

Bovespa fecha em queda de 2,35%, aos 50.717 pontos

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postado em 08/09/2008 17:26
Durou poucas horas o efeito da pacote americano anunciado ontem, que não impediu a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) de emendar o seu sétimo pregão de perdas em dez dias úteis. As principais ações negociadas registraram perdas acentuadas nesta sexta-feira, com uma nova rodada de desvalorização das commodities. O Ibovespa, "termômetro" dos negócios da Bolsa paulista, desvalorizou 2,35% e atingiu os 50.717 pontos, em seu menor nível desde 21 de agosto de 2007. O giro financeiro foi de R$ 5,14 bilhões. A ação preferencial da Vale do Rio Doce despencou 3,46%; a ação de mesmo tipo da Petrobras sofreu queda de 5,02%; no grupo das siderúrgicas, a ação ordinária da CSN cedeu 3,78%. O dólar comercial foi negociado a R$ 1,735 na venda, com acréscimo de 0,87% sobre a cotação de sexta-feira. A taxa de risco-país marca 260 pontos, estável sobre a pontuação anterior. Europa e EUA Na Europa, as principais bolsas de valores fecharam com fortes altas: em Londres, o índice FTSE valorizou 3,73%; enquanto em Frankfurt, o Dax teve avanço de 2,22%. Em Nova York, a Bolsa local ascendeu 2,59%. Ontem, o Tesouro dos EUA anunciou uma intervenção federal nas empresas Freddie Mac e a Fannie Mae, duas das maiores empresas de financiamento imobiliário desse país, e que foram profundamente afetadas pela recente crise dos créditos "subprime". O governo dos EUA também declarou a disposição de injetar US$ 100 bilhões em cada uma. Na sexta-feira, rumores de mercado já davam conta de que o governo federal dos EUA agiria, de alguma forma, para impedir a quebra das duas empresas, responsáveis por quase a metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA. Dia Entre as principais notícias do dia, o boletim Focus, do Banco Central, mostrou que a maioria dos economistas de bancos e corretoras projeta um aumento da taxa Selic de 13% para 13,75% na reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) desta semana. O IGP-DI apontou deflação de 0,38%, segundo pesquisa da Fundação Getulio Vargas (FGV). Em julho, o mesmo indicador havia apontado alta de 1,12%. O mercado financeiro projetava deflação de 0,35% para o mês passado.

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