postado em 11/09/2008 19:39
A disparada das ações da Petrobras contribuiu para o segundo dia de recuperação da Bovespa, que foi anteontem ao seu nível mais baixo em 13 meses. O anúncio da descoberta de petróleo no campo de Iara (Bacia de Santos) trouxe novo ânimo para os papéis da estatal petrolífera.
O termômetro dos negócios da Bolsa, o Ibovespa, valorizou 3,30% no fechamento, alcançando os 51.270 pontos. O giro financeiro foi de R$ 5,63 bilhões.
Com giro superior a R$ 1 bilhão, as ações preferenciais da Petrobras tiveram ganhos de 9,48%, enquanto as ações ordinárias apuraram alta de 10,22%. No rol das siderúrgicas, a ação da Gerdau subiu 4,57%, enquanto as ordinárias da CSN avançaram 7,41%.
O dólar comercial foi negociado a R$ 1,818 na venda, o que representa um acréscimo de 1,67%. A taxa de risco-país marca 275 pontos, número 2,99% que a pontuação anterior.
Ontem, após o encerramento dos negócios, a Petrobras anunciou que a área de Iara, na camada pré-sal da bacia de Santos, tem entre 3 e 4 bilhões de barris de óleo equivalente - soma de petróleo e gás natural. A confirmação da reserva sustenta o grande potencial da camada pré-sal. O anúncio de Iara "confirma o panorama positivo para a Petrobras em termos de reservas e, por conseqüência, em crescimento da produção. Nós contamos com notícias similares para outras prospecções [na camada] do pré-sal, como nos campos de Carioca, Bem-te-vi e Caramba", avalia o analista Vladimir Pinto, da corretora Unibanco.
O analista fez a ressalva de que os papéis da estatal ainda sofrem o impacto das discussões políticas em torno da criação de empresa para gerir as reservas do pré-sal.
Na Europa, as ações do setor financeiro derrubaram as principais Bolsas de Valores. O mercado londrino teve queda de 0,89% no fechamento, enquanto em Frankfurt, a Bolsa local caiu 0,83%. Em Nova York, a Bolsa reverteu a tendência de queda e subiu 1,46%.
Nos EUA, o Departamento do Trabalho revelou um recuo na demanda pelos benefícios do seguro-desemprego: o total de solicitações caiu para 445 mil na semana passada, ante 451 mil no período imediatamente anterior. Outro órgão do governo americano, o Departamento de Comércio, informou que o déficit comercial desse país teve um crescimento de 5,7% em julho, chegando a US$ 62,2 bilhões, o maior saldo negativo desde março de 2007. Enquanto as exportações cresceram 3,3%, as importações aumentaram 3,9%. O déficit superou as previsões dos analistas, que estimavam US$ 58,5 bilhões.