postado em 12/09/2008 12:08
O Procon-DF fechou uma loja da Brasil Telecom no shopping Conjunto Nacional e uma das Casas Bahia na Avenida Comercial Norte em Taguatinga nesta sexta-feira (12/09). A operação ocorreu devido à quantidade de reclamações dos consumidores. De março até agora foram registradas 4.342 queixas contra o estabelecimento da operadora e 426 contra a rede de lojas de móveis e eletrodomésticos.
De acordo com a presidente do Procon, Ildecer Amorim, há um ano o instituto de defesa do consumidor vem conversando com a Brasil Telecom, mas nenhuma atitude para resolver os problemas foi tomada. "Queremos que vocês apresentem uma solução para acabar com as reclamações dos consumidores e fazer com que eles não precisem ir ao Procon buscar uma saída para os problemas", afirmara Ildecer à gerência da loja.
Segundo ela, é a empresa que tem de resolver problemas que criou. "Não é com satisfação que o Procon faz esse tipo de sanção administrativa. É lamentável que nós tenhamos que interditar uma loja para que a empresa passe a respeitar o consumidor", disse.
As principais reclamações registradas contra a Brasil Telecom são cobranças indevidas, inclusão de serviços não requisitados no pacote do consumidor, dificuldade no cancelamento de serviços e oferta de produtos com defeitos. Ainda de acordo com a presidente do Procon-DF, a Brasil Telecom é a campeã de queixas no Distrito Federal. Existem 112 processos administrativos contra a empresa no Procon e várias multas já foram aplicadas contra a empresa.
A loja das Casas Bahia na Avenida Comercial Norte era a campeã de reclamações da rede, por isso foi a escolhida para a interdição. Produtos com defeito que não eram trocados, prazos de entrega não cumpridos e propaganda enganosa encabeçavam a lista de protestos.
O segurança Gilberto Garcia, 42 anos, que fazia um crediário no momento da chegada do Procon, reclamou da loja. Dados (CPF e RG) de sua mulher foram perdidos e Gilberto temia que eles fossem usados por alguém para fazer compras no nome dela. "O atendimento daqui é muito ruim", disparou.
As lojas ficarão interditadas até que as empresas indiquem para o Procon como solucionarão os problemas causados aos consumidores. O órgão, então, avaliará a resposta e irá decidir se abre ou não as lojas novamente. Gerentes e funcionários foram informados que, se romperem o lacre, estarão cometendo um crime.