postado em 12/09/2008 15:05
O mercado de trabalho para executivos nos EUA continua em alta, com exceção de algumas áreas do setor financeiro, disse o executivo-chefe da consultoria especializada em recrutamento de executivos Korn/Ferry International, Gary Burnison, ao diário financeiro americano The Wall Street Journal
Segundo ele, as contratações para cargos de comando continua forte porque, mesmo com a economia americana enfrentando problemas decorrentes das crises imobiliária, hipotecária e de crédito, as empresas sempre precisam de mão-de-obra altamente qualificada.
"Para candidatos que freqüentaram a universidade ou têm graus avançados de formação, os ganhos [salariais] são duas ou três vezes maiores que os daqueles que abandonaram os estudos (...) O desemprego é igualmente maior entre aqueles que não tem formação avançada", afirmou.
De acordo com Burnison, os setores industrial, de ciências biológicas e de cuidados com a saúde são os que mais precisam de executivos com alto grau de formação, em particular nas áreas de marketing e vendas, cadeia de fornecimento e outras mais ligadas a sustentabilidade.
A região do país onde se vê uma demanda menor, no entanto, é Nova York, devido aos problemas enfrentados pelo setor financeiro --que vem reduzindo seus quadros de funcionários.
Burnison disse que, para atrair a atenção das empresas, a criação de uma rede de contatos (networking) é a estratégia mais eficiente. "Trabalhe na formação de uma rede de amigos e colegas (...) lembre-se de que os empregos vão até as pessoas, e não as pessoas até os empregos", afirmou.
Fora do nível de comando, a situação é menos animadora: o mercado de trabalho nos EUA perdeu 84 mil vagas no país em agosto. A taxa de desemprego, por sua vez, subiu de 5,7% em julho para 6,1% no mês passado, segundo dados do Departamento do Trabalho. Foi a maior taxa de desemprego desde setembro de 2003, sendo o oitavo mês seguido de fechamento de postos de trabalho.
O número de pessoas desempregadas no país subiu em 592 mil, para 9,4 milhões no mês passado. Nos últimos 12 meses, o número de pessoas desempregadas no país aumentou em 2,2 milhões e a taxa de desemprego cresceu em 1,4 ponto percentual, com os maiores avanços registrados nos últimos quatro meses.