postado em 12/09/2008 15:59
O preço do petróleo chegou a ficar ligeiramente abaixo dos US$ 100 nesta sexta-feira (12/09), o que não acontecia desde março deste ano. Isso mesmo depois do corte da cota da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), com a aproximação do furacão Ike e com as recentes tensões entre EUA e Venezuela.
Às 15h13 (em Brasília), o barril do petróleo cru para entrega em outubro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), estava cotado a US$ 100,14 (baixa de 0,72%). Pouco antes, no entanto, o barril chegou a US$ 99,99. O preço máximo do barril atingido até o horário foi US$ 102,89.
Pela manhã, o preço chegou a subir, depois de ter fechado ontem pouco acima dos US$ 100, devido à tensão quanto à passagem do furacão Ike e as ameaças do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de suspender o fornecimento de combustível aos Estados Unidos, seu principal comprador.
Mesmo assim, prevalece a perspectiva de uma queda na demanda nos EUA, que passam por um momento de desaceleração econômica. Na quarta-feira (10), a IEA (Agência Internacional de Energia) diminuiu as previsões de demanda mundial para 2008 e 2009 em 86,8 milhões de barris diários e 87,6 milhões de barris diários respectivamente.
Desde 11 de julho, quando o petróleo alcançou o preço recorde, aos US$ 147,27, o barril caiu mais de 30%, em um contexto de queda da demanda pela desaceleração econômica mundial. A Opep, por outro lado, anunciou --também na quarta-feira (10)-- o corte de 520 mil barris diários de sua produção real de petróleo para "eliminar o enorme excesso de produção para evitar uma redução brutal dos preços". O corte, até o momento, não causou efeitos sobre os preços, no entanto.
O furacão Ike, no entanto, cuja passagem e efeitos vêm sendo acompanhada pelos investidores e analistas, voltou a pressionar a cotação após determinar o fechamento de instalações no golfo do México.