postado em 12/09/2008 17:36
O preço do petróleo fechou em ligeira alta nesta sexta-feira, depois de tocar os US$ 99 pela primeira vez desde março deste ano. O corte da cota da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep), a tensão entre EUA e Venezuela e a aproximação do furacão Ike do sul dos EUA não bastaram para fazer o preço reagir e reverter a tendência de queda vista desde 11 de julho - quando o preço chegou ao recorde de US$ 147,27.
O barril do petróleo cru para entrega em outubro, negociado na Bolsa Mercantil de Nova York (Nymex, na sigla em inglês), encerrou o dia cotado a US$ 101,18 (alta de 0,31%). O preço da commodity chegou hoje a um mínimo de US$ 99,99. O preço máximo do barril atingido hoje foi US$ 102,89.
A tendência de queda teve apenas uma breve interrupção quando da passagem do furacão Gustav, quando o preço chegou a subir para US$ 120, dias depois de ter caído para US$ 110. Pela manhã, o preço hoje chegou a subir em relação ao encerramento de ontem, devido à tensão quanto à passagem do furacão Ike e as ameaças do presidente venezuelano, Hugo Chávez, de suspender o fornecimento de combustível aos Estados Unidos, seu principal comprador.
Mesmo assim, prevalece a perspectiva de uma queda na demanda nos EUA, que passam por um momento de desaceleração econômica. Na quarta-feira (10/09), aAgência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) diminuiu as previsões de demanda mundial para 2008 e 2009 em 86,8 milhões de barris diários e 87,6 milhões de barris diários respectivamente.
Corte
A Opep anunciou na quarta-feira (10/09) o corte de 520 mil barris diários de sua produção real de petróleo para "eliminar o enorme excesso de produção para evitar uma redução brutal dos preços". O corte, até o momento, não causou efeitos sobre os preços, no entanto.
O furacão Ike, no entanto, cuja passagem e efeitos vêm sendo acompanhada pelos investidores e analistas, voltou a pressionar a cotação após determinar o fechamento de instalações no golfo do México.