Economia

Preços dos materiais de construção aumentam e atrasam obras do PAC

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postado em 15/09/2008 08:16
A forte arrancada de preços dos materiais de construção já está afetando o andamento das obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). O Governo do Distrito Federal (GDF) foi obrigado a suspender a licitação para a construção de 1.290 casas populares na Estrutural, uma das regiões mais pobres da capital do país, por total falta de interesse das construtoras. As empresas alegaram que o valor acertado para as obras, de aproximadamente R$ 300 milhões, estava incompatível com a nova realidade de preços dos insumos e das matérias-primas. Por isso, abriram mão do empreendimento. Nos 12 meses terminados em agosto, o aço ficou 20,16% mais caro. Os tijolos foram reajustados em 24,01%. O cimento subiu 28,7% e a areia, 24,45%. ;Com essa escalada de reajustes, que deve se manter forte nos próximos meses, muitas obras tenderão a ficar no papel se os valores não forem revistos;, afirmou o vice-presidente da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), José Carlos Martins. O secretário de Obras do GDF, Márcio Machado, não só reconhece o problema como já se movimenta para não frustrar a expectativa da população que anseia por melhores condições de vida. ;Sem dúvida, há muita pressão sobre os preços dos materiais de construção. Por isso, estamos refazendo as contas para definirmos novos valores e chamarmos nova licitação para o empreendimento na Estrutural. Nosso objetivo é tocar todos os projetos previstos no PAC;, afirma. Ele conta que, mesmo nas obras já em andamento, o governo distrital teve de reajustar alguns contratos para compensar o encarecimento dos materiais. ;Ou fazíamos isso, ou as obras parariam, o que seria muito ruim;, assinala. Para superar os entraves, Machado revela que o GDF estuda corrigir a tabela de preços elaborada pela Novacap ; empresa responsável pela execução das obras públicas ;, que serve de parâmetro para as licitações. ;Isso nos preocupa muito, pois impactará negativamente o orçamento do GDF. Serão mais despesas;, diz. Leia mais na edição impressa do Correio Braziliense

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