postado em 15/09/2008 14:04
O diretor-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Dominique Strauss-Kahn, prognosticou nesta segunda-feira (15/09) uma contração maior do sistema financeiro mundial depois do pedido de concordata do banco de investimentos americano Lehman Brothers.
"Um longo processo de consolidação dos setores financeiros parece ter se iniciado", comentou o chefe do FMI, na capital egípcia, referindo-se ao período posterior ao da quebra do Lehman e do agravamento da crise financeira nos Estados Unidos.
"O que vemos hoje com o Lehman Brothers começou há meses, mas as conseqüências no setor financeiro não terminaram, ainda veremos outras", advertiu.
Para Strauss-Kahn, que se reuniu no Cairo com vários dirigentes egípcios, este processo modificará o número de bancos e também sua estrutra, principalmente nos Estados Unidos.
Strauss-Kahn enfatizou que, ao contrário do que aconteceu com o banco de investimento Bear Stearns e com as agências hipotecários Fannie Mae e Freddie Mac, o governo americano se absteve, dessa vez, de socorrer o Lehman Brothers, que pediu concordata nesta segunda.
Strauss-Kahn não quis falar, no entanto, em recessão para caracterizar a situação da economia mundial, apesar de enfatizar a existência de uma "importante desaceleração" sem perspectivas de recuperação antes de 2009.