postado em 15/09/2008 20:55
Numa tentativa de recuperar a American International Group (AIG) o Federal Reserve (Fed, banco central dos Estados Unidos) pediu ao Goldman Sachs Group e ao JPMorgan Chase que colaborem para levantar de US$ 70 bilhões a US$ 75 bilhões em empréstimos para a seguradora, afirmou o Wall Street Journal, citando fontes próximas ao assunto. O Fed de Nova York realizava hoje uma reunião com representantes dos bancos em sua sede para discutir o caso. Os banqueiros avaliarão o papel potencial do governo, assim como o risco sistêmico ao mercado por conta da situação da seguradora
A medida foi discutida por autoridades estaduais e federais do Fed como alternativa para ajudar a AIG a levantar até US$ 40 bilhões para evitar que a classificação de crédito da seguradora seja reduzida, resultado que poderia ser fatal. Não estava claro se os bancos aceitarão ou não a proposta do governo, segundo o jornal
Questionado sobre um possível empréstimo do governo para salvar a AIG durante uma entrevista coletiva, o secretário do Tesouro dos EUA, Henry Paulson, afirmou que os encontros da companhia com as autoridades federais não estavam "de forma alguma relacionados com qualquer empréstimo-ponte do governo", e que uma solução estava sendo buscada, segundo o Wall Street Journal
O Morgan Stanley está desempenhando um papel de consultor para o Fed em relação à AIG, cujos problemas possuem potencial para agravar as dificuldades financeiras que atualmente assolam Wall Street e a economia mundial, de acordo com o jornal. A AIG também havia pedido um empréstimo-ponte do Fed, mas autoridades do banco central não parecem dispostas a oferecer dinheiro, especialmente após terem rejeitado um auxílio ao Lehman Brothers Holdings
A própria AIG não divulgou publicamente os seus planos e investidores nervosos continuam contribuindo para diminuir os preços das ações do grupo. Até o final da tarde, as ações da AIG haviam caído 59%, para US$ 5,01. O papel da companhia caiu 90% até o momento neste ano. A AIG perdeu US$ 18 bilhões nos últimos três trimestres, principalmente por conta das hipotecas subprime - crédito de elevado risco de inadimplência. As informações são da agência Dow Jones