Economia

Governo pode intervir para segurar preços

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postado em 16/09/2008 08:33
O governo admitiu nesta segunda-feira (15/09) que poderá intervir no mercado de materiais de construção, caso os reajustes de preços prejudiquem o andamento de obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), o principal projeto do segundo mandato do presidente Lula. ;Embora não veja qualquer indício de descontrole, se for necessário, o governo tomará as medidas necessárias para evitar que algum segmento tente tirar proveito deste momento para elevar seus preços;, informou a Casa Civil por meio de nota enviada ao Correio Braziliense. Na edição de ontem, o jornal mostrou que o Governo do Distrito Federal foi obrigado a suspender a licitação para a construção de 1.290 casas populares na Estrutural, uma das regiões mais carentes e violentas da capital do país, por total falta de interesse das construtoras. Para abrir mão do empreendimento, as empresas alegaram que o valor acertado para as obras estava incompatível com a nova realidade de preços das matérias-primas e insumos usados na construção. Nos 12 meses terminados em agosto, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) acumulou alta de 11,4%. O indicador foi puxado pelo preço do aço, que avançou, no mesmo período, 20,16%. Já o cimento ficou 28,7% mais caro e a areia, 24,45%. ;Não há dúvidas de que há muita pressão sobre os preços dos materiais de construção. Por isso, estamos refazendo as contas para definirmos novos valores e chamarmos nova licitação para o empreendimento da Estrutural;, disse o secretário de Obras do GDF, Márcio Machado. Apesar de reconhecer a disparada dos preços dos materiais de construção, a Casa Civil considerou um ;exagero; dizer que o encarecimento dos insumos usados na construção civil esteja pondo em risco as obras do PAC e assegurou que o pico dos reajustes ocorreu em julho.

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