Economia

Lula pediu atenção a ministros para crise mundial, diz secretário

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postado em 16/09/2008 19:58
O ministro da Secretaria de Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, afirmou no início da noite desta terça-feira (16/09) que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, na reunião de coordenação política realizada hoje à tarde no Palácio do Planalto, que é necessário "ficar atento" à crise no setor financeiro norte-americano. Segundo Múcio, Lula afirmou que quer conversar semanalmente sobre o assunto e também pretende tratar do tema com o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que não estava presente na reunião Meirelles participará amanhã e quinta-feira de reuniões no Federal Reserve (Fed, banco central americano) e encontros com investidores em Nova York. Segundo comunicado da assessoria de imprensa do BC, os compromissos de Meirelles têm como objetivo "avaliar a conjuntura econômica internacional" De acordo com o relato de Múcio sobre a reunião no Planalto, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, a quem coube fazer o relato sobre a crise, também ressaltou a necessidade de reforçar a atenção à turbulência externa e monitorar para, eventualmente, fazer algum ajuste na política econômica, embora, no momento, a avaliação é de que isso não é necessário. Mantega, segundo Múcio reiterou que a economia brasileira não deve ter perdas de ritmo neste ano, mas admitiu a possibilidade de algum impacto em 2009. Mas o ministro da Fazenda, conforme Múcio, disse que, como o País está avançando impulsionado pelo mercado interno e conta com reservas internacionais de mais de US$ 205 bilhões, a análise é de que é possível sustentar um bom crescimento. "Longe de nós imaginar que podemos ser felizes sozinhos. Por enquanto, isso não mexe em nada no crescimento do País", disse Múcio Segundo Múcio, Mantega relatou que a crise americana é de falta de capital de giro e que só agora se tem uma noção maior da sua gravidade, mas ressaltou que graças à política econômica e à relativamente pequena dependência dos EUA (15% das exportações brasileiras vão para os EUA), o País tem condições de enfrentar essa situação

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