postado em 17/09/2008 14:43
A Bovespa (Bolsa de Valores de São Paulo) mantém o ritmo acentuado de quedas nas operações desta quarta-feira (17/09), em meio a um pessimismo generalizado dos investidores a respeito da economia global. O "salvamento" da seguradora AIG, afetada pela crise dos créditos "subprime", propiciou um alívio momentâneo para o mercado financeiro, que teme um cenário de piora da crise.
O termômetro da Bolsa paulista, o Ibovespa, desvaloriza 6,45% e desce para os 46.051 pontos. O giro financeiro é de R$ 3,69 bilhões.
Uma queda dessa magnitude significa ações desabando: no topo das piores perdas (considerando os papéis preferidos pelos investidores), a ação ordinária do grupo varejista B2W (vendas on-line) despenca 11,40%; a ação preferencial da companhia aérea Gol cai 9,06%, enquanto a ação ordinária da Rossi (imóveis) retrocede 11%.
Entre os papéis carro-chefe da Bolsa, ação preferencial da Petrobras sofre baixa de 4,44%, enquanto o papel da Vale do Rio Doce desvaloriza 7,36%.
O dólar comercial é cotado a R$ 1,876 na venda, em alta de 2,90%. Trata-se do preço mais alto da moeda americana desde setembro de 2007. Já a taxa de risco-país marca 378 pontos, número 11,2% mais alto que a pontuação anterior.
O socorro financeiro do Federal Reserve, o banco central americano, à AIG, foi bem recebido por investidores e analistas, dando impulso para as Bolsas asiáticas e ajudando na abertura das Bolsas européias. Logo, no entanto, esse entusiasmo inicial arrefeceu: profissionais do mercado salientaram que o Fed apenas "ganhou tempo" num cenário ainda marcado pela incerteza: qual deve ser a próxima "bola da vez" é a questão bilionária hoje nas mesas de corretoras e bancos.
Nessa conjuntura, as principais Bolsas européias amargaram perdas no fechamento, a exemplo de Londres (declínio de 2,25%), Paris (baixa de 2,26%) e Frankfurt (queda de 1,74%). Nos EUA, a mundialmente influente Bolsa de Nova York retrai 3,12%, sem compradores à vista.