Economia

Bolsas européias sobem com ajuda de bancos centrais para enfrentar crise

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postado em 18/09/2008 10:05
As Bolsas européias operam em alta nesta quinta-feira (18/09). A preocupação com o sistema financeiro mundial - e o dos EUA em particular - ainda continua, mas a ajuda dos bancos centrais para evitar crises acarretadas por uma possível escassez de crédito trouxe algum ânimo. Às 9h48 (em Brasília), a Bolsa de Paris estava em alta de 0,85%, indo para 4.034,18 pontos; a Bolsa de Amsterdã subia 0,13%, para 357,46 pontos; a Bolsa de Zurique estava em alta de 0,13%, indo para 6.662,71 pontos; a Bolsa de Londres subia 0,89%, para 4.956,20 pontos; e a Bolsa de Frankfurt tinha ganho de 0,50%, indo para 5.893,02 pontos. A Bolsa de Milão, por sua vez, operava em baixa de 0,40%, indo para 19.925 pontos. Mais cedo, o índice FTSEurofirst 300 - que reúne as ações das principais empresas européias - tinha alta de 0,7%, indo para 1.077,32 (depois de registrar alta de 1,6%). As ações do banco suíço UBS subiam 6,7%; as do Deutsche Bank tinham ganho de 2,3%; e as do Société Générale subiam 4,7%. Mesmo com os ganhos no setor bancário, o temor depois da concordata do Lehman Brothers e da venda do Merrill Lynch, ambas na segunda-feira (15), ainda abala a confiança dos investidores. O ânimo trazido pelo auxílio dado pelo Federal Reserve (Fed, o BC americano) à seguradora AIG também diminuiu. Os seis principais bancos centrais do mundo anunciaram hoje uma ação coordenada para enfrentar a crise. "A medida foi tomada para frear as contínuas pressões sobre o dólar nos mercados", informaram o Banco do Japão, o Fed, o BCE (Banco Central Europeu), o Banco da Inglaterra , o SNB (Suíça) e o Banco do Canadá. "Os bancos centrais continuarão a trabalhar juntos para dar os passos certos e cortar as pressões crescentes", declarou o BCE. "Obviamente a medida não ataca a raiz dos problemas, mas ajuda a livrar de algumas das tensões imediatas que crescem no mercado financeiro", disse o estrategista Ian Stannard, do BNP Paribas. O Morgan Stanley, um dos dois bancos de investimentos independentes dos Estados Unidos que ainda sobrevivem à crise, negocia uma fusão com a Wachovia Corporation, segundo o jornal "The New York Times". Já a rede de informação financeira CNBC informou que o Morgan Stanley analisa uma possível venda ao banco chinês CITIC. Já o Washington Mutual, um banco comercial, também está discutindo com vários instituições financeiras a sua venda, ainda segundo o jornal. Os dois bancos vêm sendo apontados nos últimos dias como os mais prováveis a caírem na atual crise. Ontem, as ações o Morgan Stanley tiveram a maior queda da história da instituição, de 24,22% (a retração chega a 40% nos últimos três dias). Enquanto isso, os papéis do Washington Mutual já se desvalorizaram 85,23% neste ano (13,36% só ontem).

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