Economia

Bolsas européias caem com Pernod-Ricard e setor financeiro

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postado em 18/09/2008 12:50
As Bolsas européias fecharam em baixa nesta quinta-feira (18/09). Perto do fim da sessão, os investidores decidiram se desfazer de papéis do setor financeiro, com a falta de confiança que se instalou após a quebra do Lehman e a notícia de que o Morgan Stanley procura um comprador. A queda no lucro do grupo francês de bebidas e licores Pernod Ricard também afetou os negócios. A Bolsa de Londres caiu 0,66%, para 4.880 pontos; a Bolsa de Paris caiu 1,06%, para 3.957,86 pontos; a Bolsa de Frankfurt teve ligeira variação positiva de 0,04%, indo para 5.863,42 pontos; a Bolsa de Milão caiu 1,48%, para 19.710 pontos; a Bolsa de Amsterdã teve baixa de 1,49%, indo para 351,66 pontos; e a Bolsa de Zurique teve baixa de 0,47%, indo para 6.623,25 pontos. As ações da Pernod-Ricard caíram 9,9%, o que afetou o setor de empresas de alimentos como um todo; a empresa declarou que as economias debilitadas na Europa e no mundo de modo geral vão afetar o crescimento dos lucros. O lucro da empresa teve um crescimento de apenas 1% nos 12 meses até junho. As ações da British Airways caíram 11%, devido à desaceleração acentuada no crescimento do número de passageiros em julho. No setor financeiro, no entanto, a notícia positiva da ajuda dos principais banco centrais do mundo para garantir liquidez no sistema não ajudaram a restaurar a confiança dos investidores. As ações do Barclays caíram 5,3%; as do Lloyds caíram 18%. As do HBOS, no entanto, contrastaram com o movimento geral, devido a uma alta de 20%; o banco foi adquirido pelo Lloyds. O Banco do Japão, o Federal Reserve (Fed, o BC americano), o BCE (Banco Central Europeu), o Banco da Inglaterra, o SNB (Suíça) e o Banco do Canadá anunciaram hoje que devem injetar mais de US$ 200 bilhões para impedir que a crise de crédito fique mais acentuada. Nesta semana, o banco de investimentos Lehman Brothers pediu concordata, o Merrill Lynch foi vendido ao Bank of America e a seguradora AIG recebeu uma ajuda de US$ 85 bilhões do Federal Reserve (Fed, o BC americano) para que não quebrasse. "A medida foi tomada para frear as contínuas pressões sobre o dólar nos mercados", informaram os seis bancos. "Os bancos centrais continuarão a trabalhar juntos para dar os passos certos e cortar as pressões crescentes", declarou o BCE. Os investidores também acompanham a situação do banco de poupança e investimentos ("savings & loans") Washington Mutual e do banco de investimentos Morgan Stanley : o primeiro teria sido objeto de consultas da parte do governo a outras instituições financeiras sobre uma eventual aquisição; o segundo estaria buscando um comprador, e o Wachovia já teria manifestado algum interesse, segundo o diário americano "The New York Times".

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