postado em 18/09/2008 16:04
A deficitária companhia de aviação italiana Alitalia está à beira da falência após a retirada oficial, nesta quinta-feira (18/06), da última oferta de compra pelo consórcio de 18 empresários italianos denominado CAI. A decisão do CAI foi tomada por unanimidade depois de ter rejeitado a contraproposta apresentada por vários sindicatos de retomar as negociações.
Os nove sindicatos do setor estavam divididos ante o plano de compra da principal companhia de aviação italiana, que está perdendo cerca de três milhões de euros por dia.
"A situação é dramática, estamos diante de um abismo", comentou por sua vez o chefe de Governo italiano, o direitista Silvio Berlusconi.
A decisão dos empresários italianos supõe a quebra da companhia, que emprega mais de 20 mil pessoas e pertence em 49,9% ao Estado italiano.
A notícia da retirada da oferta foi recebida com aplausos por parte de um pequeno grupo do aeroporto romano de Fiumicino, que era contra a venda ao grupo italiano. "Melhor desempregados que comprados por ladrões", diziam.
"A situação da Alitalia é muito mais dramática agora. O mercado internacional não dá tempo para mais negociações, as quais foram sérias e conseguiram inúmeros consensos", destacou o CAI.
"Mais concessões colocariam em risco a realização do plano para salvá-la", acrescentou o consórcio, que manifesta sua decepção com este fracasso.
O plano para salvar a empresa previa a demissão de três mil trabalhadores, enquanto o CAI programava comprar somente as atividades rentáveis para relançar uma companhoa regional menor.
Todas as propostas de compra da companhia de aviação italiana, ativa desde 1947 e em crise há 10 anos, fracassaram até agora.